Casal gay é vítima de envenenamento em Minas Gerais
As investigações sobre as mortes de Everaldo Gregório e Thomas Lydon, um casal gay que mantinha um relacionamento há mais de 30 anos, continuam em andamento na Polícia Civil de Governador Valadares, Minas Gerais. O caso, que ocorreu em junho deste ano, ganhou grande repercussão após a prisão de dois suspeitos acusados de planejar o envenenamento das vítimas.
Detalhes do crime e substância utilizada
De acordo com as investigações, as mortes foram provocadas pela ingestão de fenobarbital, um medicamento controlado que foi adquirido com receita médica falsificada. Thomas Lydon faleceu no dia 20 de junho, enquanto Everaldo Gregório veio a óbito seis dias depois, em 26 de junho.
Os dois suspeitos, identificados como uma das irmãs de Everaldo e um amigo do casal, estavam cuidando das vítimas quando os crimes ocorreram. As investigações apontam que o cunhado morreu primeiro e foi enterrado sem o conhecimento da família, despertando suspeitas sobre as circunstâncias das mortes.
Motivação financeira e andamento das investigações
As investigações revelaram que os suspeitos teriam se aproveitado da situação para obter vantagem sobre bens e documentos das vítimas, em uma trama que envolveria aproximadamente R$ 1,3 milhão. Os dois investigados estão presos preventivamente e aguardam a conclusão do inquérito policial.
O delegado responsável pelo caso, Ciro Roldão, informou que só se manifestará publicamente após a finalização do inquérito, que está prevista para a próxima semana. A Polícia Civil reforçou que o caso continua sob investigação e que todos os aspectos estão sendo minuciosamente analisados.
As mortes, inicialmente tratadas como naturais, se transformaram em um caso de polícia após investigações mais aprofundadas revelarem a trama contra o americano Thomas Lydon e seu companheiro brasileiro. O caso expõe a vulnerabilidade de casais LGBTQIA+ e levanta questões sobre crimes premeditados com motivação financeira.