Advogado que disparou para o alto em briga de bar é preso novamente no Acre — Veja os detalhes
Advogado que atirou em bar preso novamente no Acre

Era uma noite qualquer em Rio Branco — até que os ânimos se exaltaram num bar da cidade. O advogado, que já tinha virado notícia por atirar para cima durante uma discussão banal meses atrás, acabou algemado de novo. Dessa vez, a Justiça não deu mole.

Parece roteiro de filme B, mas é a vida real: o causador do rebuliço, defensor de ofício no tribunal, agora precisa de defesa. Ironia que não passa despercebida pelos frequentadores do boteco onde tudo começou — "Doutor tá precisando do próprio remédio", comentou um cliente sob condição de anonimato.

Os fatos (ou o que sobrou deles)

Naquela terça-feira, 5 de agosto, o calor de 32°C parecia ferver os ânimos. Testemunhas contam que a discussão começou por besteira — cerveja derrubada, olhar torto, aquele velho clichê. Só que alguém resolveu subir o nível: o advogado sacou uma arma e mandou três tiros para as estrelas. "Foi só pra assustar", alegou depois, como se balas perdidas fossem fogos de artifício.

O problema? Dois detalhes cruciais:

  • A arma não estava registrada (surpresa, zero)
  • Juliana Chaar, cliente do bar, quase levou um tiro na perna — o projétil passou a 20cm dela

Pior que novela das nove: depois de solto na primeira prisão, o causador do barulho voltou a se envolver em confusão. Dessa vez, a polícia não perdoou — pegou ele com porte ilegal de novo. "Alguns nunca aprendem", resmungou um delegado durante a condução.

O que diz a lei (e a rua)

Juridicamente falando, a situação é um prato cheio:

  1. Porte ilegal de arma (art. 12 do Estatuto do Desarmamento)
  2. Tentativa de homicídio (art. 121 do CP)
  3. Perigo para incêndio (sim, porque tiro em local fechado é pedir para acontecer)

Nas redes sociais, o caso virou piada pronta: "Advogado vira cliente", "OAB vai precisar dar conselho pra ele próprio". Mas a família de Juliana não acha graça — a jovem ainda faz terapia depois do susto.

Enquanto isso, o fórum da cidade vive seus dias mais movimentados. Colegas de profissão do acusado evitam comentar, mas os olhares dizem tudo. Afinal, como diria o ditado: "Em terra de advogado preso, quem tem arma legalizada é rei".