Justiça liberta acusados de matar empresária em Itu: caso choca região
Acusados de matar empresária em Itu são soltos pela Justiça

O caso que deixou a cidade de Itu em polvorosa ganhou um capítulo surpreendente nesta sexta-feira (18). Dois homens, acusados de matar a empresária Maria Fernanda Oliveira a sangue frio, foram soltos pela Justiça – e a decisão, como era de se esperar, não caiu bem na região.

Segundo fontes do tribunal, o juiz considerou que não havia "risco à investigação" nem "perigo de fuga". Mas convenhamos: quando se trata de um crime que chocou até os mais endurecidos da delegacia, essa justificativa soa, no mínimo, estranha.

O crime que parou Itu

Era uma terça-feira comum quando o corpo da empresária foi encontrado no escritório dela, no centro da cidade. Facadas brutais, móveis revirados – um cenário que nem os peritos, acostumados a cenas fortes, conseguiram encarar sem revirar o estômago.

Os dois suspeitos, que já tinham passagem pela polícia (óbvio), foram presos dias depois. A população respirou aliviada. Até que...

"A lei é dura, mas é lei"?

O advogado de defesa comemorou a decisão como "vitória do Estado Democrático de Direito". Já a família da vítima – e meio Itu junto – não engoliram a pílula. "Isso é um absurdo que só incentiva a criminalidade", disparou um vizinho, enquanto outros questionavam: "Cadê a justiça que deveria proteger a gente?"

Detalhe que faz a situação ficar ainda mais absurda: um dos acusados já respondia por roubo qualificado. O outro? Briga com morte no currículo. E agora, soltos.

O que dizem os especialistas

Conversamos com um promotor aposentado (que preferiu não se identificar) sobre o caso. Na visão dele, a decisão "tecnicamente faz sentido", mas... "Quando a sociedade percebe que crimes graves não resultam em prisão preventiva, a credibilidade do sistema vai pro ralo", completou, num tom que misturava cansaço e preocupação.

Enquanto isso, nas ruas de Itu, o clima é de desconfiança. Muitos empresários – principalmente mulheres – estão reforçando a segurança. Afinal, se até assassinos confessos andam soltos, quem está realmente protegido?

O caso segue em aberto, mas uma coisa é certa: a ferida na comunidade vai demorar a fechar. E a pergunta que não quer calar: até quando decisões como essa vão continuar minando a já frágil confiança na Justiça?