
O caso que está deixando Belo Horizonte em estado de choque ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. O jovem acusado de matar uma professora — crime que comoveu a cidade — foi transferido de presídio pela segunda vez em menos de 48 horas. Algo raro, pra não dizer inédito.
Segundo fontes próximas ao caso, a primeira transferência aconteceu no domingo, quando ele foi levado para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria. Mas aí, num daqueles volteios que só a Justiça criminal explica, resolveram mudar de ideia. Na segunda-feira à noite, lá estava ele sendo transportado de novo — dessa vez para o Presídio São João Batista, em Bicas (MG).
Por que tanta mudança?
Bom, aí é que tá. Oficialmente, falam em "questões de segurança". Mas quem acompanha o caso de perto desconfia que tem mais coisa por trás. O rapaz, de 22 anos, é filho de um delegado aposentado — e isso, convenhamos, não é detalhe. Será que alguém tá tentando proteger alguém? A pergunta fica no ar.
O crime em si foi brutal. A professora Mariana (vamos chamá-la assim, porque nomes de vítimas merecem respeito) foi encontrada morta no próprio apartamento, no Bairro Santa Efigênia. Segundo o laudo, foram mais de 20 facadas. O motivo? Briga por dinheiro, dizem. Mas será só isso?
Repercussão e revolta
Nas redes sociais, o caso virou polêmica. De um lado, quem pede justiça. De outro, quem questiona os privilégios — porque não dá pra ignorar que o acusado tem conexões. "Se fosse filho de pedreiro, já tava no xadrez geral", comentou um morador, sem papas na língua.
Enquanto isso, a família da professora tenta lidar com a perda. "Era uma educadora dedicada, amada pelos alunos", contou uma prima, com a voz embargada. A escola onde trabalhava fez homenagens — flores, cartazes, muita comoção.
Agora, o que todo mundo quer saber: quando vem o julgamento? A Defensoria Pública garante que vai acompanhar "com rigor" as transferências. Já o Ministério Público promete agilidade. Mas, entre nós, nesses casos a Justiça costuma andar a passos de tartaruga.