
A tranquilidade de uma rua qualquer no litoral catarinense foi substituída por um frio na espinha da vizinhança. A coisa começou com um pressentimento, daqueles que a gente sente na nuca, sabe? Algo não batia direito. A casa, antes quietinha, agora era o centro de uma inquietação geral.
E não era pra menos. Ao adentrar o imóvel, a cena que se descortinou foi de puro desalinho. Uma bagunça das bravas – móveis revirados, objetos pessoais espalhados sem a menor cerimônia e um silêncio pesado, quebrado apenas pelo miado insistente de um gato. O bichano, claramente faminto e desolado, era a única alma viva no lugar.
Os moradores, um pai e seu filho de nacionalidade estrangeira, simplesmente evaporaram. Sumiram sem deixar pistas, sem aviso prévio, sem nada. A última vez que alguém os viu foi… bem, ninguém lembra ao certo. E é aí que o caso ganha um sabor ainda mais amargo.
O Quebra-Cabeça que Ninguém Sabe Montar
As autoridades, acionadas por um familiar de longe que estranhou o silêncio incomum, agora tentam juntar os cacos. A Polícia Civil assumiu as investigações, mas, cá entre nós, está todo mundo meio que no escuro. O que teria acontecido com a dupla? Um incidente? Uma partida súbita e desesperada? Ou algo mais sinistro?
O estado da casa, francamente, não ajuda a acalmar os ânimos. Não parece um roubo comum – a bagunça é estranha, caótica, como se… bem, como se algo de muito errado tivesse acontecido. E o gato, coitado, abandonado à própria sorte, é a prova viva de que a saída não foi planejada. Quem, em sã consciência, deixa um animal de estimação para trás sem arrumar comida?
O caso, repleto de lacunas e perguntas sem resposta, lembra aqueles filmes de suspense que a gente vê na TV. A vida, às vezes, imita a arte de uma maneira que dá arrepios. A comunidade local, é claro, está em polvorosa. O sumiço de dois estrangeiros não é algo que passe despercebido, ainda mais com um cenário desses.
Enquanto as investigações correm – ou melhor, tentam correr, já que pistas concretas são uma raridade –, o mistério só aumenta. Onde estarão esse pai e este filho? Será que voltaram para seu país de origem de forma abrupta? Ou o pior pode ter acontecido?
Por ora, restam a casa em silêncio, o gato resgatado (que, graças a Deus, agora está sendo cuidado) e uma série de interrogações pairando no ar denso de Santa Catarina. Um quebra-cabeça com metade das peças faltando. E o pior: ninguém sabe onde encontrar a outra metade.