Imagine a cena: uma noite de quarta-feira comum, o sino da igreja chamando os fiéis, mas... escuridão total. Não por falta de fé, mas por falta de fios mesmo — roubados na calada da noite por mãos alheias. E aí, o que fazer? Cancelar a missa? Nem pensar!
Foi assim que a comunidade da Paróquia São José, em Tocantins, virou notícia nesta semana. Com um prejuízo que beira os R$ 10 mil — dinheiro que, convenhamos, faria falta até no orçamento do Vaticano —, os fiéis deram um verdadeiro show de criatividade.
Luz da rua, luz divina
"Se não podemos ter luz dentro, vamos usar a de fora!", deve ter pensado alguém. E assim foi: postes da iluminação pública viraram os "novos lustres" da celebração. Uma gambiarra digna de aplausos, diga-se de passagem.
O padre, que preferiu não ser identificado (até porque a situação já estava ruim o suficiente), contou que a energia foi cortada "de forma violenta". Os ladrões, especialistas em eletricidade alheia, deixaram para trás um verdadeiro quebra-cabeça para os eletricistas refazerem.
Prejuízo que dói no bolso e na alma
Além dos cabos, sumiram:
- Transformadores
- Parte da fiação interna
- A paz de espírito dos frequentadores
"É a terceira vez este ano", desabafou uma senhora que só quis ser chamada de Dona Maria. Ela teme que, sem medidas mais duras, a situação continue. E não está errada — afinal, igreja sem luz é como pão sem manteiga: até funciona, mas perde o brilho.
Enquanto a polícia busca pistas (que provavelmente foram embora junto com os fios), a comunidade se vira como pode. A próxima missa já está marcada — com ou sem eletricidade. "A fé não depende de disjuntor", filosofou um jovem ao sair da celebração improvisada.
