Tragédia no Ceará: Homens ingerem veneno de lagarta pensando ser cachaça
Homens morrem ao beber veneno de lagarta no Ceará

Não era para acabar assim. Num daqueles dias comuns no sertão cearense, dois homens acharam que estavam prestes a curtir um happy hour improvisado. Mas o que parecia ser uma garrafa de cachaça escondida num canto qualquer, na verdade era um frasco de veneno de lagarta – e esse engano custou caro.

Segundo relatos de vizinhos, os dois – cujos nomes ainda não foram divulgados – estavam mexendo numas coisas velhas quando encontraram o tal líquido. "Parecia pinga velha, daquelas que a gente guarda pra depois", contou um morador da região, ainda abalado. O problema é que "depois" nunca chegou.

O que aconteceu exatamente?

Imagine a cena: calor de quase 40 graus, aquela sede que só quem já viveu no Nordeste conhece, e de repente – um achado que pareceu sorte grande. Só que não. Minutos depois de ingerirem o líquido, os dois começaram a passar mal. Muito mal.

  • 13h30 - Encontram o frasco
  • 13h45 - Ingere o "líquido"
  • 14h00 - Primeiros sintomas aparecem
  • 14h30 - Corrida para o hospital
  • 16h00 - Óbitos confirmados

Os médicos do hospital local tentaram de tudo, mas o veneno agiu rápido demais. "Quando chegaram aqui já estava crítico", lamentou uma enfermeira que preferiu não se identificar. O caso deixou todo mundo da região em choque – afinal, quem imaginaria?

O perigo escondido no cotidiano

Essa tragédia bota a pulga atrás da orelha: quantos outros perigos andam por aí, disfarçados de coisas inofensivas? O veneno de lagarta, usado normalmente na agricultura, tem um cheiro forte que – em tese – deveria afastar qualquer um. Mas na pressa, naquele momento de desatenção...

"É aquela história", comenta um agrônomo da região. "As pessoas subestimam esses produtos, acham que conhecem, mas não fazem ideia do perigo." E agora, duas famílias choram a perda de entes queridos por um erro que, em outras circunstâncias, poderia ter sido evitado.

O caso serve de alerta? Com certeza. Mas será que as pessoas vão mesmo prestar atenção? Num país onde acidentes domésticos matam mais que algumas epidemias, a resposta não é tão óbvia quanto parece.