
Imagina a cena: um pedaço de papel, uma escrita apressada, e uma informação que soava quase inacreditável. Era isso que os policiais militares do 6º Batalhão tinham em mãos na tarde de sábado, 6 de setembro. A mensagem? Alguém, anonimamente, resolveu entregar que num terreno do Parque Alvorada, em Presidente Prudente, havia um "pé de maconha gigante" crescendo à vontade.
Pois é. Não deu outra. Os PMs seguiram o furo — com um misto de ceticismo e dever, imagino — e foram checar o tal endereço na Rua Antônio Pires de Almeida. E não é que o bilhete não era lorota? Lá estava ela. Uma planta de Cannabis sativa, pra ser exato, com nada menos que 1 metro e 80 de altura. Um verdadeiro gigante verde, cultivado sem qualquer disfarque.
O dono do terreno, um homem de 42 anos, foi localizado e... digamos que não teve muito como negar a autoria da horta particular. A situação era tão evidente que a abordagem foi rápida. Ele foi detido no mesmo instante, levado pra delegacia, e agora responde por cultivo ilegal. A tal da planta, claro, foi apreendida e virou prova num processo que promete dar pano pra manga.
Não foi a primeira vez
Parece que o modus operandi por lá é esse mesmo: denúncia por bilhete. No começo do ano, outro caso parecido rolou na região. Dessa vez, o papelzinho anônimo acusava um casal — e a polícia achou não só maconha, mas também crack e papelotes prontos pra venda.
É uma estratégia curiosa, né? Alguém, com medo ou receio de se identificar, recorre ao método old-school da carta. E funciona. A PM afirma que segue todas as pistas, mesmo as que chegam assim, no papel. E pelo visto, tá dando resultado.
E agora, José?
O homem preso vai responder em liberdade, por enquanto — a menos que a Justiça decida diferente. Mas a pergunta que fica é: quem será que escreveu aquele bilhete? Um vizinho incomodado? Alguém com raiva? Um cidadão de bem que não aguentou ver o flagrante?
Ninguém sabe. O que se sabe é que, em tempos de denúncia digital, apps e disque-denúncia, o método manual e anônimo ainda tem seu lugar. E em Presidente Prudente, pelo visto, está mais vivo do que nunca.
Resta saber se essa história vai incentivar outros delatos ou se a população vai ficar de olho ainda mais aberto. Uma coisa é certa: se tem um pé de maconha gigante por aí, é melhor torcer pra que ninguém resolva fazer uma cartinha pra PM.