Um fato curioso chamou a atenção em Santa Catarina nesta semana. Uma avó, identificada como Maria de Lourdes, 67 anos, causou rebuliço em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao tentar vacinar sua boneca reborn - aquelas extremamente realistas que simulam bebês.
Segundo relatos, a senhora chegou ao local carregando a "criança" no colo e insistiu para que a equipe aplicasse as vacinas do calendário infantil. "É só abrir a agulha!", teria dito ela, visivelmente irritada quando os profissionais se recusaram a proceder com a imunização do objeto.
Cena inusitada viraliza
Testemunhas contam que a situação gerou comoção na fila da vacinação. Enquanto alguns achavam graça, outros pacientes demonstraram indignação com a cena. "Ela realmente acreditava que a boneca estava viva. Ficou brava quando disseram que não podiam vacinar um brinquedo", relatou uma frequentadora da UBS.
O que são bonecas reborn?
As reborns são peças artesanais hiper-realistas que podem custar milhares de reais. Muitas vezes adquiridas por mulheres que sofrem com a perda de filhos ou a impossibilidade de conceber, essas bonecas despertam sentimentos complexos em seus donos.
Psicólogos alertam que, em alguns casos, a linha entre a fantasia e a realidade pode se tornar tênue. "Quando o objeto passa a ser tratado como um ser vivo de fato, é importante avaliar o estado emocional da pessoa", explica a terapeuta familiar Ana Beatriz Souza.
Posicionamento da Secretaria de Saúde
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu nota reforçando que vacinas são destinadas exclusivamente a seres humanos com cadastro no sistema público. "Nossos profissionais foram orientados a acolher a senhora com empatia, mas mantendo o protocolo sanitário", declarou o órgão.
O caso, que já circula nas redes sociais, levanta debates sobre saúde mental no envelhecimento e os limites da relação afetiva com objetos. Especialistas recomendam que familiares fiquem atentos a comportamentos como o demonstrado pela idosa.
