UE Acusa Rússia de Sabotar GPS de Avião de Ursula von der Leyen em Voo de Risco
UE acusa Rússia de sabotar GPS de avião de von der Leyen

Eis que a tensão geopolítica decidiu dar as caras nos céus - e de forma perigosamente prática. A presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viveu uma situação digna de filme de espionagem durante seu deslocamento recente para o Brasil. Seu avião, pasmem, sofreu interferência nos sistemas de navegação GPS. E os europeus não têm dúvidas sobre o autor: a Rússia.

O episódio ocorreu entre os dias 11 e 12 de junho, justamente quando a líder europeia cruzava o Atlântico para uma visita oficial. De repente, a aeronave enfrentou anomalias graves no sinal de posicionamento global. Coincidência? O Serviço Europeu de Ação Externa acha que não - e está convencido de que foi uma sabotagem intencional.

Moscou nega, claro. Mas os padrões de interferência batem com operações anteriores atribuídas aos russos. E olha que isso não é novidade - a região do Mar Báltico já virou um verdadeiro campo de testes para esse tipo de interferência perigosa. Aviões comerciais e até voos de emergência já sofreram com essas sabotagens.

O que significa essa sabotagem?

Basicamente, os pilotos ficam sem informações cruciais sobre sua localização exata. Em voos transatlânticos, onde a precisão é tudo, isso pode criar situações de risco real. Ainda bem que as aeronaves modernas têm sistemas alternativos - mas a dependência do GPS é enorme.

O pano de fundo? A guerra na Ucrânia e as sanções europeias contra Moscou. A Rússia vem usando a interferência GPS como uma forma de guerra híbrida, um recado claro de que pode perturbar o ocidente mesmo longe do campo de batalha.

A União Europeia leva o assunto tão a sério que está desenvolvendo seu próprio sistema de navegação por satélite, o IRIS². A ideia é justamente reduzir a dependência de tecnologias que podem ser alvo de ataques.

Enquanto isso, o incidente com von der Leyen serve como alerta vermelho. A segurança das lideranças europeias - e da aviação civil como um todo - está sob ameaça real. E o pior: essa guerra invisível acontece sem que a maioria de nós perceba.