
Não é exagero dizer que as grades estão sufocando na Alemanha. O sistema prisional do país europeu está no limite — e isso não é força de expressão. As celas, que já eram apertadas, agora parecem latas de sardinha humanas.
Segundo dados oficiais, mais de 80% das penitenciárias alemãs estão operando acima da capacidade. Em alguns estados, como Renânia do Norte-Vestfália, a situação beira o absurdo: presos dormindo no chão, banheiros improvisados e refeições que mal chegam aos detentos.
O que levou a essa situação?
Parece que vários fatores se alinharam para criar esse caos:
- Aumento de condenações por crimes digitais (aqueles hackers não param de aparecer)
- Falta de investimento em novas unidades prisionais nos últimos 10 anos
- Processos judiciais mais ágeis (ironicamente, a eficiência virou problema)
E tem mais: os presídios alemães estão recebendo um número recorde de estrangeiros condenados. Só no primeiro semestre de 2024, cerca de 35% dos detentos vinham de outros países — principalmente do Leste Europeu.
E as soluções?
O governo tenta tapar o sol com a peneira. Algumas medidas paliativas incluem:
- Liberação antecipada para crimes menores (mas aí a galera reclama de "impunidade")
- Uso de contêineres como celas temporárias (que no final viram permanentes)
- Terceirização de presos para penitenciárias particulares (polêmica na certa)
Enquanto isso, os defensores dos direitos humanos fazem barulho. "Isso é desumano", diz Klaus Weber, ativista de uma ONG local. "A Alemanha está regredindo a padrões do século passado."
E você, o que acha? Até onde um país deve ir para manter seus criminosos atrás das grades? Difícil resposta, não é mesmo? Enquanto isso, nas prisões alemãs, o jeito é fazer como diz o ditado: "em time que está perdendo, se aperta" — literalmente.