
Os números que chegam do Irã neste ano são, para ser franco, de cortar o coração. E quando digo números, falo de vidas – mais de mil, segundo levantamentos de organizações de direitos humanos. Uma cifra que deveria fazer o mundo estremecer.
Parece que Teerã decidiu acelerar o passo quando o assunto é a pena capital. Só nos primeiros cinco meses de 2024, o país já teria ultrapassado a marca dos mil executados. É um ritmo assustador, que deixa analistas internacionais bastante preocupados.
O que está por trás dessa escalada?
Bom, a coisa não é simples. As acusações que levam à forca são das mais variadas – de crimes violentos a condenações por «inimizade contra Deus», um conceito que, cá entre nós, é bem amplo e perigoso. E o pior: muitas dessas sentenças são aplicadas após julgamentos que... bem, que deixam a desejar em termos de justiça, para dizer o mínimo.
Ah, e tem mais um detalhe crucial: a mídia estatal iraniana praticamente ignora o tema. Quem traz essas informações à tona são mesmo os grupos de direitos humanos, que trabalham na sombra, com fontes arriscadas dentro do país. É um trabalho de detetive, feito com muita coragem.
Não é de hoje que o Irã lidera o ranking mundial de execuções – mas 2024 está sendo excepcionalmente brutal. Será uma resposta às tensões internas? Uma mensagem para a comunidade internacional? Difícil saber, mas o fato é que as vidas se vão, uma após a outra.
Enquanto isso, do lado de fora, a comunidade internacional parece limitada a condenações verbais. E, francamente, isso não tem sido suficiente para frear essa máquina mortal. O que mais será preciso para que o mundo acorde para essa tragédia silenciosa?