
Numa daquelas reviravoltas que parecem saídas de um roteiro de filme policial, a rotina de uma fiscalização na BR-463, em Presidente Prudente, tomou um rumo dramático na última segunda-feira (2). Dois cidadãos bolivianos, que aparentemente seguiam viagem tranquilamente, foram flagrados cometendo um crime no mínimo… estomacal. Sério mesmo.
Imagina a cena: os policiais fazendo uma abordagem de rotina, tudo dentro da normalidade, até que algo – talvez a nervosismo excessivo, talvez uma intuição afiada – despertou suspeitas. Os agentes, com a experiência de quem já viu de tudo, perceberam que a história dos dois não batia direito. Decidiram, então, conduzi-los para um exame mais apurado no Instituto Médico Legal (IML).
E não é que a desconfiancia tinha fundamento? Lá, com o auxílio de aparelhos de raio-X, a verdade veio à tona – literalmente. Os indivíduos haviam ingerido nada menos que 85 cápsulas recheadas de uma substância que, após análise, foi confirmada como sendo cocaína. O total apreendido foi de aproximadamente 1 kg da droga.
O plano, francamente, era de arrepiar. Eles transformaram o próprio corpo em um veículo de transporte para o narcótico, arriscando a saúde – e a liberdade – em troca de… bem, nunca saberemos ao certo. A dupla foi levada para a cadeia sob a acusação de tráfico internacional de drogas, um crime gravíssimo que pode render uma estadia longa atrás das grades.
Esse caso joga um holofote cruel sobre os métodos cada vez mais extremos e perigosos utilizados por traficantes para burlar a lei. Engolir drogas? É um nível de desespero e audácia que choca qualquer um. A Polícia Civil, por sua vez, mostrou que a expertise e a atenção aos detalhes ainda são armas poderosas no combate ao crime organizado.
Operações como essa servem de alerta: por mais que os criminosos inovem em suas táticas, as forças de segurança estão atentas. E em Presidente Prudente, pelo menos dessa vez, a lei saiu vitoriosa.