Ribeirão Preto: Restaurante leva 8ª autuação por 'gato' de energia em esquema repetitivo
Restaurante em Ribeirão Preto leva 8ª autuação por furto de energia

Parece que tem gente que insiste em achar que as regras não foram feitas para elas. Na última segunda-feira (1º), um restaurante na Zona Norte de Ribeirão Preto — sim, de novo — foi flagrado mais uma vez furtando energia elétrica. Acredite se quiser: essa já é a oitava vez que o mesmo estabelecimento é autuado pela CPFL por desviar energia.

O que era para ser uma fiscalização de rotina na Rua José Bonifácio se transformou num daqueles casos de "déjà vu" para os técnicos. Lá estava ele, o famoso "gato", instalado de forma improvisada e totalmente irregular, puxando energia diretamente da rede pública. Uma gambiarra perigosa, diga-se de passagem, que coloca em risco não só o imóvel, mas toda a vizinhança.

Multa que não para de subir

O dono do restaurante, que prefere não ter o nome divulgado (surpresa, né?), já acumula um prejuízo monumental. Só dessa última vez, a multa aplicada foi de R$ 38.874,96. Some isso às sete autuações anteriores e o valor total ultrapassa a casa dos duzentos mil reais. É dinheiro que, convenhamos, daria para pagar uma fortuna de luz legalmente.

Mas parece que a lição não foi aprendida. A CPFL emitiu uma nota deixando claro que a empresa não vai tolerar esse tipo de prática. "Além das multas administrativas, os casos são encaminhados para as delegacias de energia", alertou a distribuidora. Ou seja: o problema pode sair do campo civil e virar crime.

Além da multa: o risco real

Quem trabalha com fiscalização energética sabe: furar energia não é só uma questão de não pagar a conta. É uma ameaça à segurança. Instalações clandestinas superaquecem, causam curtos-circuitos e podem incendiar tudo por perto. Em um restaurante, onde há botijões de gás, panelas no fogo e pessoas circulando, a irresponsabilidade é ainda mais grave.

E não é como se a CPFL não avisasse. A empresa mantém um canal aberto para denúncias — inclusive anônimas — e realiza operações diárias de combate a fraudes. Só neste ano, mais de 13 mil operações já foram feitas em toda a área de concessão. Mesmo assim, tem quem insista no erro.

O restaurante em questão agora responde a um processo administrativo e, muito provavelmente, a um inquérito policial. Furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena que pode chegar a quatro anos de prisão. Dessa vez, a conta pode vir mais cara do que apenas monetária.