
Numa ação que mistura um pouco de faro policial e muito trabalho de inteligência, fiscais deram um verdadeiro "bote" em uma carga suspeita na Rodovia Júlio Budiski, em Alfredo Marcondes. O que parecia ser mais um caminhão transitando pela região escondia um detalhe crucial: falta de documentação fiscal. E olha que não era pouco – o valor total estimado beira os R$ 10 mil.
Segundo informações apuradas, a operação foi deflagrada após denúncias anônimas. "A gente não tira leite de pedra, mas quando a informação é boa, a coisa engrena", comentou um dos agentes envolvidos, que preferiu não se identificar. Os produtos apreendidos variam entre eletrônicos e ferragens – itens que, convenhamos, dificilmente passariam despercebidos numa fiscalização de rotina.
O que diz a lei?
Transportar mercadorias sem nota fiscal não é brincadeira. A legislação é clara: pode configurar crime de sonegação ou até contrabando, dependendo da origem dos produtos. E a multa? Não fica barato – pode chegar a 75% do valor da carga, sem contar possíveis processos judiciais.
Curiosamente, o motorista – cujo nome não foi divulgado – alegou que "só estava fazendo um frete". Mas, como diz o ditado, "quem não deve, não teme". A carga foi encaminhada para depósito fiscal, e o caso agora está nas mãos da Receita Estadual.
Alfredo Marcondes, cidade onde ocorreu a apreensão, vive um paradoxo: pacata no cotidiano, mas estratégica no mapa logístico. A Júlio Budiski é rota frequente para esse tipo de ocorrência – só no último ano, foram pelo menos cinco casos similares. Será coincidência ou falta de controle?