
Era um dia comum em Alenquer, até que o telefone da delegacia não parou de tocar. Comerciantes indignados — alguns com a voz embargada — relatavam o mesmo problema: notas falsas circulando como se fossem de verdade. Três caras, segundo as descrições, aplicando o golpe com uma cara de pau que só vendo.
Pois é. Na tarde de quarta-feira (23), a PM botou o pé no acelerador e, numa ação rápida como um raio, prendeu os suspeitos. Dois deles, diga-se de passagem, já tinham ficha mais suja que chão de feira. O terceiro? Um novato que achou que ia sair impune.
Operação foi rápida, mas investigação levou semanas
Parece coisa de filme, mas não é. A polícia vinha monitorando o trio há pelo menos três semanas — tempo em que os comerciantes começaram a notar padrões nas falsificações. "Eles sempre escolhiam horários de movimento, quando os atendentes estavam mais distraídos", contou um dono de mercearia que preferiu não se identificar. Medo? Claro.
Detalhe curioso: as notas de R$50 e R$100 eram tão bem feitas que enganariam qualquer um na correria do dia a dia. Só notavam a fraude na hora de conferir o caixa. "Fiquei com prejuízo de quase R$800 em uma semana", desabafou uma vendedora de roupas, ainda abalada.
O que diz a lei?
Crime contra a fé pública, artigo 289 do Código Penal. Pena? Pode chegar a 12 anos de cadeia, dependendo do volume e da reincidência. E olha que, nesse caso, os caras não estavam brincando em serviço — estima-se que tenham colocado em circulação pelo menos R$15 mil em cédulas falsas.
Os presos já foram encaminhados para a delegacia e devem responder em liberdade — a menos que a Justiça considere que eles representam risco. Enquanto isso, a PM orienta:
- Sempre verifique as marcas d'água e o relevo das notas
- Desconfie de clientes que pagam valores altos com notas grandes
- Na dúvida, use aquelas canetinhas detectoras — custam pouco e evitam dor de cabeça
Moral da história? Em Alenquer, a bandidagem pode até tentar, mas a PM tá de olho. E quando o bicho pega, como pega, eles não perdem tempo.