
A Polícia Civil do Tocantins indiciou um grupo suspeito de transferir empresas com dívidas tributárias que somam R$ 83 milhões para beneficiários de programas sociais. A investigação revelou um esquema que aproveitava a vulnerabilidade econômica de pessoas cadastradas em auxílios governamentais para "lavar" débitos fiscais.
Como funcionava o esquema
Segundo as autoridades, os investigados identificavam pessoas em situação de vulnerabilidade social e as convenciam a aceitar a transferência de empresas fictícias ou com grandes passivos. Os aliciados recebiam pequenos valores em troca da assinatura de documentos.
- Empresas com dívidas eram transferidas para CPFs de beneficiários de programas como Bolsa Família
- Os verdadeiros donos continuavam administrando os negócios
- Quando a dívida era cobrada, os "laranjas" é que respondiam judicialmente
Impacto nas vítimas
Muitos dos envolvidos sem saber agora enfrentam processos judiciais e restrições cadastrais. Alguns tiveram benefícios sociais cancelados e até o nome negativado.
"É um crime que explora duplamente os mais vulneráveis: primeiro usando seus dados, depois deixando-os com problemas financeiros", explicou o delegado responsável pelo caso.
Próximos passos
A investigação continua para identificar todos os envolvidos no esquema, incluindo possíveis contadores e advogados que facilitaram as transferências irregulares. Os indiciados respondem por estelionato e formação de quadrilha.