
Imagine acreditar que finalmente conseguiu aquele empréstimo dos sonhos — e descobrir que caiu num conto do vigário? Foi exatamente o que aconteceu com dezenas de pessoas em Goiás, vítimas de um golpista que transformou esperanças em pesadelos financeiros.
Nessa terça-feira (18), a polícia prendeu um homem de 37 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — acusado de aplicar um esquema tão criativo quanto cruel. O sujeito, que parecia saído de um filme sobre Wall Street, oferecia empréstimos com condições mirabolantes através de um banco... que nunca existiu.
O modus operandi que enganou até os espertos
O golpe tinha um roteiro digno de Hollywood:
- Primeiro, o criminoso se passava por corretor de um suposto banco digital
- Depois, garantia aprovação "relâmpago" de créditos com juros baixíssimos
- Para dar credibilidade, até criava contratos falsos com logos de instituições reais
Mas aqui vinha o pulo do gato — ou melhor, do gatuno. Quando a vítima depositava taxas administrativas (que variavam entre R$ 5 mil e R$ 50 mil), o dinheiro evaporava junto com o "banqueiro" de mentira.
O estrago foi grande
Segundo as investigações, o prejuízo total supera os R$ 3 milhões. E olha que a polícia suspeita que o esquema operava há menos de um ano! Algumas vítimas chegaram a perder economias de toda uma vida — uma senhora de 62 anos, por exemplo, liquidou seu FGTS para pagar as "taxas" do empréstimo fantasma.
"É revoltante ver como esses criminosos exploram a necessidade das pessoas", comentou um delegado que pediu para não ser identificado. "Muitas vítimas estavam desesperadas por dinheiro após perderem empregos na pandemia."
A queda do "gênio" do crime
O que o golpista não contava? Que uma das vítimas era prima de um investigador da Polícia Civil. Ao perceber que tinha sido enganada, ela acionou o parente — e aí o castelo de cartas desmoronou.
Rastreamentos bancários e quebras de sigilo revelaram:
- Contas fantasmas em nome de "laranjas"
- Transferências internacionais para paraísos fiscais
- Um padrão de gastos que incluía até joias de luxo
Na casa do acusado, os policiais encontraram computadores de última geração, documentos falsificados e — pasmem — um curso avançado de "psicologia da persuasão". Parece que o sujeito levava seu "trabalho" a sério demais.
E agora? O golpista responde por estelionato qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Se condenado, pode pegar até 15 anos de cana. Mas, como diz o ditado, o crime não compensa — principalmente quando você mexe com o bolso dos outros.