Agiotagem em Canoas: Criminoso exige casa como pagamento de dívida e aterroriza vítima
Agiota em Canoas exige casa como pagamento de dívida

Imagine ter sua própria casa ameaçada por causa de uma dívida? Pois foi exatamente o pesadelo que um morador de Canoas, no Rio Grande do Sul, viveu nas últimas semanas. O caso, que parece saído de um roteiro de filme policial, mostra até onde pode ir a ganância humana.

Segundo relatos, o agiota — que já vinha cobrando juros absurdos — decidiu "aumentar o nível" da intimidação. Não contente com pagamentos em dinheiro, passou a exigir nada menos que a propriedade da vítima como forma de liquidar o débito. "Ou você me passa a casa, ou a gente se resolve de outro jeito", teria dito o criminoso, segundo o boletim de ocorrência.

O modus operandi

O sujeito, que atua na região há algum tempo, não é nenhum amador. Usava táticas de pressão psicológica que fariam qualquer um tremer: ligações em horários aleatórios, ameaças veladas e até a clássica "visitinha" de capangas. A vítima, claro, entrou em desespero.

O que mais choca nessa história toda? A frieza com que o agiota transformou um simples empréstimo — já ilegal, diga-se — em um esquema de extorsão imobiliária. Parece até aqueles casos que a gente vê em séries de TV, mas aconteceu aqui, no nosso quintal.

A reação das autoridades

A polícia, felizmente, não ficou de braços cruzados. Depois de denúncia anônima (alguém finalmente teve coragem de falar), os investigadores começaram a fechar o cerco. "É um caso grave, que envolve não só agiotagem, mas ameaças e extorsão qualificada", comentou um delegado que preferiu não se identificar.

Enquanto isso, na vizinhança, o clima é de tensão. Moradores relatam que o medo de represálias fez muitos ficarem calados por tempo demais. "Todo mundo sabia, mas ninguém falava nada — até que a situação fugiu do controle", confessou uma vizinha, sob condição de anonimato.

O caso serve de alerta: em tempos de crise econômica, os agiotas parecem estar ficando cada vez mais ousados. E o pior? Muita gente, por necessidade ou desespero, acaba caindo nessas armadilhas.