
Não é de hoje que a 25 de Março, aquela rua paulistana que parece nunca dormir, vira assunto. Dessa vez, quem soltou o verbo foi ninguém menos que Donald Trump. O ex-presidente dos EUA — sim, aquele das polêmicas intermináveis — resolveu dar pitaco sobre o local. Mas enquanto isso, um problema bem mais grave toma conta do comércio digital brasileiro.
O que Trump tem a ver com a 25 de Março?
Pois é, parece estranho, mas o ex-mandatário americano resolveu opinar sobre a famosa rua de comércio popular. "Um lugar interessante", disse ele, sem dar muitos detalhes. Mas cá entre nós, será que ele já pisou lá em meio àquela multidão que parece uma formigueiro humano? Duvido.
Enquanto isso, nas entranhas da internet brasileira, um outro tipo de comércio — bem menos legal, diga-se — está dando o que falar. E não, não são as pechinchas da 25 de Março.
O boom da pirataria digital
Se engana quem pensa que falsificação é só coisa de camelô. Nos últimos tempos, os marketplaces online viraram o novo paraíso dos produtos "inspirados" (leia-se: cópias descaradas). De celulares a perfumes, passando por roupas de grife — tudo aparece por lá, com preços que deixam qualquer um desconfiado.
E olha que o negócio não é pequeno: estimativas apontam que mais de 60% dos produtos vendidos em algumas categorias dessas plataformas são... bem, digamos que não são exatamente originais. O pior? Muita gente compra sabendo que é pirata — afinal, quem nunca caiu na tentação de um "iPhone" por R$ 500?
O jogo do gato e rato
As plataformas juram de pés juntos que combatem a pirataria. "Temos sistemas de inteligência artificial", dizem. Mas a realidade é que os vendedores ilegais estão sempre um passo à frente — criando contas novas antes mesmo das antigas serem derrubadas.
E não adianta vir com discurso moralista: enquanto um produto original custar cinco vezes mais que a cópia, o problema vai continuar. Isso sem falar na dificuldade de fiscalizar — afinal, como distinguir um vendedor legítimo de um que só está esperando a próxima denúncia para sumir e reaparecer com outro nome?
No fim das contas, a 25 de Março pode até ser o símbolo do comércio popular, mas o verdadeiro mercado paralelo migrou para o mundo digital. E Trump? Bem, ele provavelmente já esqueceu que mencionou a rua — mas o problema da pirataria online, esse veio para ficar.