
Imagine a cena: você encontra aquele celular dos sonhos por um preço incrível, combina tudo direitinho com o vendedor e, quando percebe, seu dinheiro some no ar. Pois é, essa foi a realidade de dezenas de pessoas em Mato Grosso, até que a Polícia Civil resolveu botar um ponto final na farra.
Nesta quinta-feira (12), uma operação batizada de Phishing prendeu em flagrante um homem de 48 anos e sua filha, de apenas 22. A dupla, que atuava em Cuiabá e Várzea Grande, é acusada de aplicar golpes pesados em plataformas de venda online. E olha, o esquema era bem armado.
O Modus Operandi que Enganou Tanta Gente
Os investigadores contaram que o golpe seguia um roteiro quase teatral. Os criminosos anunciavam iPhones, notebooks e outros eletrônicos — sempre com preços abaixo do mercado, claro — em aplicativos populares como OLX e Facebook Marketplace.
Quando a vítima demonstrava interesse, a conversa migrava para o WhatsApp. Aí vinha o papo convincente: histórias de urgência para vender, promessas de entrega rápida e até mesmo prints falsos de supostas transações anteriores. Uma lábia das boas.
O pagamento? Eles insistiam em PIX ou transferência bancária antes mesmo de qualquer encontro. Dinheiro caiu na conta, sumiram. Fim de papo. Simples assim. E cruel.
As Provas e a Queda
Mas toda farra tem seu fim. A polícia rastreou as transações e descobriu que boa parte do dinheiro ilícito era sacado em espécie — uma tentativa clássica de dificultar o rastreio. Foram mais de 30 vítimas identificadas, com prejuízos que giram em torno de R$ 500 mil. Uma grana preta, né?
Durante as buscas, os agentes apreenderam itens que eram a cara do crime: celulares de última geração, sim cards, notes e uma porção de documentos que, agora, vão ajudar a contar toda a história.
E tem mais: a investigação não para por aí. A delegada Taise Vidal, que comanda a operação, adiantou que o esquema pode ter mais envolvidos. A sensação é de que a teia é maior do que se imaginava.
O que Diz a Lei?
Os dois foram detidos por estelionato — crime previsto no artigo 171 do Código Penal — e formação de quadrilha. Agora, a menos que consigam um habeas corpus, vão responder em regime fechado. E olha, a justiça anda sem muita paciência para esse tipo de crime.
Pra quem compra pela internet, a dica é a de sempre: desconfie de preços milagrosos, prefira pagar na hora da entrega e, pelo amor de Deus, nunca, jamais, transfira dinheiro para alguém que você não conhece. Melhor prevenir, não é mesmo?