Karol Digital: A vida de luxo da influencer acusada de desviar R$ 217 milhões | Fantástico
Karol Digital: Influencer presa por desviar R$ 217 milhões

Ela postava fotos sorridente ao volante de um McLaren de R$ 3 milhões, ostentando joias caríssimas e uma vida de sonhos nas redes sociais. Mas, segundo a polícia, por trás desse conto de fadas digital, havia uma teia complexa de crimes que levou ao desvio de mais de R$ 217 milhões. Karoline de Cássia da Silva, a famosa "Karol Digital", trocou as poses glamourosas pela cela de uma prisão.

Não é de hoje que ela chama a atenção das autoridades. Aos 27 anos, a influencer já tinha um histórico que incluía uma passagem pela cadeia por roubo a mão armada. Dessa vez, no entanto, a acusação é ainda mais grave: integrar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros contra o sistema bancário.

Do luxo ao cárcere: a queda de uma estrela digital

Operação PIX Ilícito. Esse foi o nome dado pela Polícia Civil do Paraná à investigação que desmontou o esquema. Tudo começou com uma análise minuciosa de movimentações bancárias atípicas. Valores altíssimos, entrando e saindo de contas de laranjas. O rastro de dinheiro levou até Karol.

Ela não era uma peça qualquer. Os investigadores a apontam como uma das líderes do grupo, responsável por recrutar e gerenciar os "laranjas" – pessoas que alugavam ou vendiam seus dados bancários para que o dinheiro desviado fosse movimentado. Uma operação que, estima-se, lesou bancos em mais de duzentos milhões de reais.

Uma vida financiada pelo crime?

O que mais choca não é apenas o valor, mas a forma como ele era ostentado. Enquanto milhares de brasileiros enfrentam filas e dificuldades, Karol Digital exibia nas redes sociais:

  • Um superesportivo McLaren 720S, avaliado em cerca de R$ 3 milhões
  • Pulseiras, relógios e anéis de ouro e diamantes
  • Viagens constantes para praias paradisíacas
  • Roupas de grife e uma rotina de luxo

Parece ficção, mas a realidade, dessa vez, superou qualquer roteiro. A pergunta que fica é: até que ponto todo aquele estilo de vida era sustentado por atividades ilegais?

O passado que voltou a assombrar

Para quem acompanha de perto, a recente prisão não foi exatamente uma surpresa. Em 2021, Karol foi detida – na época, acusada de participar de assaltos a mão armada na região de Curitiba. A vida do crime, ao que parece, não era novidade para ela.

Dessa vez, porém, os métodos eram outros. Nada de armas ou ameaças físicas. O crime migrou para o ambiente digital, mais silencioso e, na visão deles, menos arriscado. Usando tecnologia e aproveitando brechas no sistema, o grupo agia com uma ousadia impressionante.

Mas a justiça, ainda que às vezes pareça lenta, acabou chegando. Através de uma investigação conjunta que envolveu departamentos de inteligência de vários bancos, a polícia conseguiu mapear toda a operação. Foram meses de trabalho discreto até fechar o cerco.

O que acontece agora?

Karol responderá ao processo em liberdade? Ainda não. Ela está presa preventivamente, e a defesa já deve estar trabalhando a todo vapor. O crime de formação de quadrilha é grave, e as acusações de estelionato e lavagem de dinheiro podem levar a longos anos de reclusão.

O caso serve como um alerta. Num mundo cada vez mais digital, a velha máxima continua valendo: as aparências enganam. E, às vezes, por trás de um perfil cheio de likes e seguidores, pode se esconder uma realidade muito mais sombria e complexa.