Influenciadora Baiana tem vídeos íntimos vazados: a dor por trás das redes
Influenciadora tem vídeos íntimos vazados em Salvador

Era pra ser mais um dia comum na vida da influenciadora — posts patrocinados, stories cheios de cor, interação com os seguidores. Mas, do nada, tudo virou de cabeça pra baixo. Conteúdos que eram só dela, guardados a sete chaves, começaram a circular na internet feito rastro de pólvora. Um pesadelo que nem ela — acostumada à exposição — imaginava viver.

Salvador, que normalmente é pano de fundo pra fotos incríveis e vídeos descontraídos, virou cenário de uma violência silenciosa. Alguém, de má-fé, decidiu cruzar a linha do respeito e divulgou materiais íntimos dela sem a menor autorização. A quebra de confiança? Total. O estrago? Ainda imensurável.

E não ficou só nas redes não. A coisa tomou uma proporção tão absurda que chegou a virar assunto em grupos de WhatsApp, fóruns e até em conversas de bar. A influencer, que prefere não ser identificada — e tá mais do que certa —, já acionou a justiça. A delegacia especializada em crimes cibernéticos já tá com o caso nas mãos e corre atrás de pistas.

O perigo mora ao lado… digital

Pensa na coragem de quem faz uma coisa dessas. Não é só uma “brincadeira de mau gosto”, como alguns ainda insistem em dizer. É crime. Sim, crime, com letra maiúscula. A lei 13.718/2018 tipifica a divulgação de cena de sexo ou nudez sem consentimento. A pena? Pode chegar a 5 anos de cadeia.

E olha, não é o primeiro caso — infelizmente, nem será o último. A exposição não autorizada de imagens íntimas tem se tornado uma arma cruel, principalmente contra mulheres. E a vítima, que já fica devastada emocionalmente, ainda precisa lidar com o julgamento alheio, a revitimização e um monte de gente que acha que “quem cria conteúdo tá pedindo”. Nada a ver.

E agora, o que fazer?

Se tem uma coisa que esse caso escancara — de novo — é que a internet não é terra sem lei. As delegacias especializadas existem pra isso. Printa tudo, registra ocorrência, procura apoio jurídico. Não fica quieta. Não acha que “vai passar”.

E pra quem tá do outro lado, vendo o conteúdo se espalhar: não compartilha. Não dá audiência pra quem não tem respeito. Denuncia. Ajuda a cortar o mal pela raiz.

No fim das contas, a história dessa influenciadora é um alerta. Um daqueles que a gente não pode ignorar. Num mundo onde tudo vira conteúdo, até a intimidade vira alvo. E é preciso lembrar: por trás de cada tela, tem gente. Gente com sentimento. Com dignidade. Com direito à privacidade.