
Imagine você num almoço tranquilo, num restaurante qualquer da Asa Norte, e descobrir depois que sua privacidade foi violada da forma mais vil possível. É exatamente o que aconteceu com seis mulheres nesta sexta-feira (20), num caso que mistura audácia, invasão e total desrespeito.
O indivíduo — um cara de 37 anos — não satisfeito em apenas frequentar o estabelecimento, resolveu transformar o banheiro feminino num estúdio particular de filmagens proibidas. E olha que a estratégia foi das mais arriscadas: ele entrou no local, se trancou lá dentro e — pasmem — instalou uma câmera para capturar imagens íntimas das clientes.
Não deu outra. A gerência desconfiou do tempo excessivo que ele passou no recinto e resolveu investigar. Quando acharam ele escondido, ainda tentou disfarçar, mas a câmera já estava lá, rodando. Que situação, hein?
As imagens que não deveriam existir
De acordo com a polícia, o celular apreendido tinha vários vídeos, todos feitos ali, no mesmo dia. Seis mulheres foram gravas sem consentimento, num claro crime de divulgação não autorizada de imagem. Coisa séria, daquelas que dão até arrepio.
O pior de tudo? Ele nem era novato nesse tipo de ação. A perícia vai analisar o aparelho para saber se havia outros registros, de outros locais ou dias. Uma violência que pode ter acontecido outras vezes, com outras vítimas que nem desconfiam.
O que diz a lei
Esse tipo de crime se enquadra na lei de contravenções penais, mas também pode ser interpretado como crime de importunação sexual, a depender do material encontrado. A pena? Pode chegar a cinco anos de cadeia. Pouco para o estrago que uma invasão dessas causa, se você me perguntar.
O delegado Marcelo Fraga foi claro: a ação foi rápida e a prisão foi em flagrante. Agora, o investigado vai responder pelo que fez — e torcemos para que a justiça seja feita.
Enquanto isso, a dica que fica é: atenção redobrada em banheiros públicos ou compartilhados. Infelizmente, nem todo mundo que vai ao restaurante está interessado apenas na comida.