
Era uma madrugada qualquer no interior paranaense quando a lei decidiu agir. A cena? Galos submetidos a condições deploráveis, preparados para uma prática que muitos imaginavam existir apenas no passado: as rinhas.
Pois é, meus amigos. A Polícia Militar do Paraná, em conjunto com o Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde, realizou uma operação que expôs uma realidade cruel. Dois homens, residentes na região de Telêmaco Borba, foram pegos com as "patas na massa", literalmente.
Os números que doem no bolso
Quando vi os valores das multas, confesso que precisei ler duas vezes. Mais de R$ 100 mil em penalidades! Especificamente, R$ 107.914,20. Uma quantia que, convenhamos, dói mais que uma bicada de galo bravo.
Os autuados responderão por maus-tratos contra animais - crime previsto na Lei 9.605/98. E olha, a legislação não brinca em serviço quando o assunto é crueldade animal.
O que encontraram no local?
- Instrumentos utilizados exclusivamente para as rinhas
- Galoes com sinais evidentes de maus-tratos
- Esporos de metal (aqueles que aumentam a violência das brigas)
- Ambiente preparado para apostas e combates
Os animais, é claro, foram resgatados. Eles passaram por avaliação veterinária e agora estão sob cuidados adequados. Pelo menos nessa história, temos um final feliz para as verdadeiras vítimas.
Um problema mais comum do que imaginamos
O que mais me impressiona é como essas práticas persistem em pleno 2025. A gente tende a pensar que evoluímos, que deixamos para trás essas barbáries... mas a realidade teima em nos mostrar o contrário.
O tenente Samuel Brito dos Reis, da Força Verde, foi categórico: "A prática de rinha é criminosa, configura maus-tratos aos animais e lesa o meio ambiente". E complementa, com a autoridade de quem vê essas cenas tristes com frequência: "Seguiremos combatendo esse tipo de atividade ilegal".
E não é que ele tem razão? A operação foi deflagrada após denúncias anônimas - prova de que a comunidade está mais consciente e menos tolerante com essas práticas.
E agora, o que esperar?
Os investigados serão processados criminalmente. Além das multas administrativas (que são imediatas), responderão na Justiça pelos crimes cometidos. E algo me diz que a justiça será rápida nesse caso.
O Paraná tem mostrado zero tolerância para crimes ambientais e de maus-tratos animais. E que assim continue! Afinal, galo não foi feito para briga - foi feito para cantar de manhã, mesmo que isso nos acorde antes da hora.
No final das contas, a operação serviu como um alerta. Para quem ainda acha que rinha é "tradição" ou "cultura", fica o recado: é crime. Ponto final. E crime caro, diga-se de passagem.