
Imagine caminhar tranquilamente pela rua quando, de repente, um Pitbull avança sem aviso. O susto é inevitável, mas saber como reagir pode salvar vidas — inclusive a sua.
Quando o instinto fala mais alto
Pitbulls são máquinas de músculos e dentes afiados, criados originalmente para brigas (sim, essa é a triste verdade). Hoje, muitos vivem como pets, mas quando algo dispara seu lado primitivo... melhor estar preparado.
O que NUNCA fazer:
- Correr: Vira alvo móvel. Vai despertar o instinto de caça do bicho.
- Gritar: Aumenta a agressividade. Mantenha a voz firme, mas calma.
- Encarar nos olhos: É interpretado como desafio. Olhe para o pescoço ou focinho.
Um amigo meu, veterinário, sempre diz: "Cão ataca por três motivos: medo, território ou dor. Identifique qual é e você ganha vantagem".
A arte de virar "churrasco"
Se o pior acontecer e você virar alvo, esqueça os filmes de ação. Segure algo — bolsa, mochila, até uma garrafa — entre você e o animal. Cães atacam o que está mais próximo. Melhor perder uma bolsa que um braço, não?
E se já estiver no chão? Enrole-se como um tatu-bola. Proteja pescoço e rosto com os braços. Pode parecer ridículo, mas funciona.
Denuncie! (Por favor)
Aqui vai o que me deixa pistola: donos que soltam Pitbulls sem focinheira em áreas públicas. Isso não é "amor pelos bichos", é irresponsabilidade pura.
Para denunciar:
- Registre o ocorrido em vídeo ou foto (se possível sem risco)
- Procure a delegacia mais próxima — mesmo que seja "só" um susto
- Acione o controle de zoonoses da sua cidade
Um caso recente em São José dos Campos mostrou o resultado dessa negligência: criança hospitalizada, cachorro sacrificado, e o dono? Multa irrisória. Até quando?
A culpa não é do cachorro
Antes que me crucifiquem: o problema nunca é a raça, mas a criação. Pitbull bem treinado e socializado pode ser dócil como qualquer vira-lata. O desafio é que, quando dão problema, o estrago é maior.
Se você tem um:
- Use focinheira em locais públicos (sim, mesmo que ele seja "um amor")
- Mantenha a vacinação em dia
- Adestre — não adianta só amar, tem que educar
No fim, tudo se resume a bom senso. Cães são como armas carregadas de emoção: nas mãos certas, segurança; nas erradas, tragédia.