Imagine a cena: um membro da família desaparece sem deixar rastro. Foi exatamente o que aconteceu com a pequena Luna, uma cadela da raça Shih Tzu, na cidade de São Sebastião, litoral de São Paulo. Só que, neste caso, o "sequestro" veio acompanhado de uma reviravolta digna de roteiro de novela.
Aconteceu na semana passada, num daqueles dias comuns que acabam se transformando em pesadelo. Enquanto a família se preparava para o almoço de domingo, Luna — que sempre ficava solta no quintal — simplesmente sumiu. "Pensamos que ela tinha saído para dar uma volta e voltaria logo", conta Maria (nome fictício), dona da cadela, ainda com a voz embargada.
O golpe mais cruel
Mas a história toma um rumo ainda pior. Dois dias depois do desaparecimento, um vizinho avistou um homem em situação de rua — já conhecido na região — tentando vender uma cachorrinha idêntica à Luna por míseros R$ 50 em frente a um mercado local. "Ele nem disfarçava", relata o comerciante que presenciou a cena. "Dizia que precisava do dinheiro para comer."
Quando confrontado, o suposto autor do furto simplesmente desapareceu — assim como Luna. A família, desesperada, registrou ocorrência na delegacia, mas até agora nenhum sinal do animal. "Ela faz parte da nossa família", desabafa Maria. "Minha filha de 8 anos não para de chorar."
O que diz a lei
Para quem não sabe, furto de animais domésticos é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de 1 a 4 anos de prisão. Mas aqui vai o pulo do gato: se comprovada a venda do animal, o caso pode ser enquadrado também como receptação — o que aumenta a gravidade do delito.
Enquanto isso, a família não mede esforços:
- Espalhou cartazes por toda a cidade
- Criou uma campanha nas redes sociais com a hashtag #LunaVolteParaCasa
- Oferece recompensa para quem tiver informações
"Não vamos desistir", promete o pai da família, que prefere não se identificar. "Luna é como uma filha para nós."
E você, o que faria se seu pet desaparecesse assim? A situação expõe uma triste realidade: a vulnerabilidade dos animais domésticos e a crueldade de quem os vê como mercadoria.
