
Quase uma década após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que causou o maior desastre socioambiental da história do Brasil, as ações de reparação continuam em andamento. A tragédia, ocorrida em 2015, deixou um rastro de destruição na Bacia do Rio Doce e afetou milhares de pessoas.
O que já foi feito até agora?
Desde o acidente, a Samarco, empresa responsável pela barragem, em parceria com a Vale e a BHP, implementou uma série de medidas para mitigar os danos. Entre as principais iniciativas estão:
- Recuperação ambiental: Mais de 40 mil hectares de áreas degradadas foram recuperados, incluindo matas ciliares e nascentes.
- Reassentamento de comunidades: Famílias atingidas foram reassentadas em novos bairros com infraestrutura completa.
- Programas de saúde: Atendimento psicológico e médico contínuo para as vítimas do desastre.
- Monitoramento da água: Sistema de acompanhamento da qualidade da água do Rio Doce e seus afluentes.
Desafios persistentes
Apesar dos avanços, muitos desafios permanecem. Comunidades ribeirinhas ainda sofrem com a perda de suas fontes de renda, e a recuperação total do ecossistema pode levar décadas. A Samarco afirma que continua comprometida com o processo de reparação, mas críticos argumentam que as ações ainda são insuficientes.
O caso de Mariana serve como um alerta para a necessidade de maior rigor na fiscalização de barragens e na responsabilização das empresas por danos ambientais.