Pois é, galera que está se preparando para o fim de semana na praia... a notícia não é das melhores. A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) divulgou seu boletim semanal e o resultado é preocupante: nada menos que 37 trechos do nosso litoral estão com a bandeira vermelha, indicando que estão impróprios para aquele mergulho refrescante.
O relatório, que sempre causa aquela ansiedade na turma que ama praia, foi feito entre os dias 16 e 20 de setembro. E olha, a situação se espalha por várias cidades badaladas – de São Sebastião a Cananéia, passando por Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Iguape. Uma verdadeira maré de preocupação.
Onde Especificamente Evitar o Mergulho?
Vamos aos detalhes, porque saber onde não entrar é tão importante quanto saber onde aproveitar. Em São Sebastião, por exemplo, a situação é particularmente delicada – incríveis 15 pontos receberam o selo vermelho. A famosa Praia de Boraceia, na altura do número 12800, está na lista, assim como trechos de Juquehy, Barra do Sahy e Boiçucanga. Uma pena, considerando que são justamente alguns dos destinos mais procurados.
Ilhabela não fica atrás, com 10 áreas sinalizadas. A Ponta das Canas, na região central, e a Praia do Curral, perto do canal, são algumas das afetadas. Já em Caraguatatuba, o problema se concentra no Rio Santo Antônio, no Camaroeiro, e no Rio Juqueriquerê, no Capricórnio. Ubatuba também aparece com pontos de atenção, como a Praia do Itaguá, bem no centrinho.
E o Resto do Litoral?
Para quem pensa em ir mais para o sul, a atenção também é necessária. Bertioga tem problemas no Rio Itapanhaú, no bairro Boracéia. Mongaguá viu o Rio Mongaguá ser classificado como impróprio. Itanhaém enfrenta a mesma situação com o Rio Itanhaém no Gaivota. Peruíbe tem alerta no Rio Preto no Guaraú, e Iguape no Rio Ribeira de Iguape. Uma verdadeira corrente de cuidados.
O critério da CETESB é claro – e rigoroso. Eles analisam a quantidade de bactérias Escherichia coli (ou E. coli, para os íntimos) presentes na água. Quando esses microorganismos ultrapassam o limite considerado seguro, soa o alarme. A presença deles indica, basicamente, contaminação por esgoto não tratado. E aí, meu amigo, o risco para a saúde é real: desde irritações na pele e nos olhos até problemas gastrointestinais mais sérios. Nada agradável para estragar o passeio.
E Agora, José? O Que Fazer?
Calma, não é preciso cancelar totalmente o plano praiano. A dica de ouro é simples: fique de olho na sinalização. As bandeiras vermelhas colocadas pelos órgãos competentes são sua melhor amiga. Se estiver vermelha, respeite. A sua saúde agradece, e muito.
Outra recomendação importante é evitar áreas próximas a saídas de rios, córregos ou galerias de águas pluviais, especialmente depois de uma chuva mais forte. Esses são os locais onde a contaminação tende a se concentrar.
É frustrante, eu sei. Você planeja aquele dia de sol, mar e areia e se depara com uma notícia dessas. Mas a conscientização é o primeiro passo para pressionar por melhorias na infraestrutura de saneamento básico nessas regiões. Enquanto isso, a segurança precisa vir em primeiro lugar.
A lista completa e atualizada está sempre disponível no site da CETESB. Vale a pena dar uma conferida antes de pegar a estrada. Melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Boa praia – mas só nas áreas seguras!
