Corte da ONU debate: países podem ser responsabilizados por mudanças climáticas?
ONU debate responsabilidade de países sobre clima

Parece que o mundo finalmente acordou para o óbvio — e não, não estou falando daquele café da manhã que você pulou hoje. A Corte Internacional de Justiça, aquela que decide brigas entre países (e olha que tem cada uma...), está com um pepino nas mãos: definir até onde vai a responsabilidade dos governos nas mudanças climáticas.

Não é brincadeira. Desde ontem, juízes de 15 países estão debatendo se Estados podem ser processados por não fazerem o dever de casa ambiental. Imagina só: um país processando outro porque o vizinho desmatou demais e o verão ficou insuportável. Pois é, o futuro pode ser assim.

O que está em jogo?

Basicamente, três coisinhas pequenas:

  • Se países têm obrigação legal de proteger o clima (alô, ministros do meio ambiente!)
  • Quais as consequências para quem descumprir — multa? Sanção? Vergonha na ONU?
  • Como compensar nações vulneráveis que já sofrem com eventos extremos

E aqui vai um detalhe saboroso: a discussão começou depois que Vanuatu — sim, aquele arquipélago que você mal consegue achar no mapa — deu o grito. "Não é justo pagarmos o pato por poluição que não causamos", disseram eles. E faz sentido, não?

E o Brasil nessa história?

Nosso país está no banco dos réus ambientais faz tempo. Entre queimadas na Amazônia e desmonte de fiscalização, temos colecionado más notas no boletim climático. Pior: especialistas alertam que uma decisão contrária da Corte pode abrir porteira para processos bilionários.

Mas calma, não é só má notícia. Alguns juristas acham que, se a Corte decidir a favor da responsabilização, pode ser a pá de cal que falta para políticas ambientais sérias. "Ou muda agora, ou paga depois" — parece o lema dessa geração, não?

Enquanto isso, nas salas de reunião da ONU, diplomatas suam frio. Afinal, ninguém quer ser o vilão do clima nas próximas reuniões internacionais. O veredito? Só no ano que vem. Até lá, o planeta continua esquentando — e a pressão também.