
Era um cenário que mais parecia saído de pesadelo ambiental: toneladas de detritos invadindo as águas de um córrego em Padre Bernardo, interior de Goiás. Mas essa imagem perturbadora está, aos poucos, sendo transformada graças ao trabalho incansável de agentes ambientais.
Desde o início desta semana, fiscais da Secretaria de Meio Ambiente agem como verdadeiros cirurgiões da natureza — removendo com cuidado meticuloso todo tipo de resíduo que teimava em sufocar o curso d'água. Garrafas plásticas, embalagens deterioradas, até móveis velhos... Tudo isso estava virando uma barreira flutuante contra a vida aquática.
Operação de resgate ambiental
"É revoltante ver como alguns ainda tratam nossos recursos naturais como lixeira a céu aberto", desabafa um dos agentes, enquanto retira mais um monte de entulho. A equipe, que trabalha sob sol forte, já removeu o equivalente a três caminhões cheios de materiais.
O córrego, que antes parecia mais um depósito irregular, começa a respirar novamente. Pequenos peixes já são avistados retornando às áreas limpas — um sinal de esperança que anima os fiscais.
Alerta à população
Enquanto isso, a prefeitura prepara campanhas educativas. A ideia? Cutucar a consciência da galera sobre os impactos do descarte irregular. "Não adianta só limpar. Tem que ensinar a não sujar", filosofa uma das coordenadoras da ação.
Moradores da região, inicialmente céticos, agora acompanham o trabalho com curiosidade. "Nunca imaginei que daria pra ver a água correndo limpa aqui de novo", comenta Dona Maria, 62 anos, que vive nas redondezas há décadas.
A operação deve continuar pelos próximos dias. E olha só: quem for flagrado jogando lixo em áreas proibidas pode levar multa salgada — a começar por R$ 5 mil. Melhor pensar duas vezes, né?