
Quem vê o Rio Atibaia cortando a paisagem de Campinas nem imagina a história complexa que suas águas carregam. E olha que a situação tá longe de ser simples. Uma expedição recente, essa tal de Biotravessia, trouxe à tona reflexos preocupantes das transformações que estão acontecendo no nosso clima.
O negócio é sério. As alterações no regime de chuvas — ora secas prolongadas, ora tempestades intensas — estão mexendo com o comportamento desse rio que é vital para a região. E não é exagero: o Atibaia é mesmo um dos principais cursos d'água do estado de São Paulo.
O Que os Pesquisadores Estão Vendo
Dá pra sentir na pele a diferença. Os períodos de estiagem estão mais longos, enquanto as chuvas, quando vêm, são daquelas de causar estragos. Esse vai-e-vem climático está alterando a vazão do rio de uma forma que preocupa especialistas e comunidades ribeirinhas.
E tem mais: a qualidade da água também entra nessa equação. Com as mudanças nos padrões climáticos, todo o ecossistema ao redor do Atibaia sente o impacto. A flora, a fauna, e claro, as pessoas que dependem dessas águas para praticamente tudo.
Um Alerta Que Veio na Hora Certa
A Biotravessia chegou como um sinal de alerta. Mostrou que não podemos mais fingir que não é conosco. As evidências estão ali, escancaradas, no curso do rio que banha múltiplas cidades e sustenta atividades econômicas importantes.
O que me deixa pensativo é como a gente ainda trata isso como problema distante. Mas a realidade bate à porta — ou melhor, às margens do rio. E Campinas, junto com outras cidades da região, precisa encarar essa situação de frente.
Talvez seja hora de repensarmos nossa relação com os recursos hídricos. Porque, convenhamos, água não é commodity, é vida. E o Atibaia está nos mostrando isso de maneira cada vez mais clara.