
Imagine um rio que já foi sinônimo de vida, com cardumes pululando em suas águas, e hoje parece um deserto aquático. Pois é exatamente essa a situação do rio Paraná, onde o repovoamento de peixes simplesmente sumiu do mapa nos últimos dez anos.
A Promotoria de Justiça resolveu botar o dedo na ferida e está cobrando respostas. Afinal, quem segura essa bronca? O Ministério Público quer saber por que diabos o programa de repovoamento — que era pra ser contínuo — virou pó desde 2015.
O que está em jogo?
Não é só peixe que tá faltando, viu? A coisa é séria:
- Desequilíbrio ambiental na região
- Prejuízo para pescadores artesanais
- Impacto na cadeia alimentar
- Risco de extinção de espécies nativas
E olha que curioso: enquanto o rio definha, ninguém — absolutamente ninguém — assumiu a responsabilidade por essa paralização. Conveniente, não?
O silêncio que fala alto
O MP já enviou ofícios pra todos os órgãos envolvidos, mas até agora só recebeu meias-respostas ou, pior, silêncio ensurdecedor. Será que tão esperando o problema se resolver sozinho? Porque, spoiler: não vai.
"Quando um ecossistema desse tamanho é negligenciado, as consequências podem ser irreversíveis", alerta um biólogo que prefere não se identificar. E ele tem razão — a natureza não espera burocracia.
E agora, José?
Enquanto os peixes desaparecem, as perguntas se multiplicam:
- Onde foram parar os recursos destinados ao repovoamento?
- Por que nenhum órgão assumiu a liderança do processo?
- Quem vai responder por essa década perdida?
O Ministério Público promete não deixar barato. Até o final do mês, espera-se que os responsáveis finalmente tirem o cavalo da chuva e apresentem explicações convincentes.
Enquanto isso, o rio Paraná continua mudo — e cada vez mais vazio.