STF Julga Recurso de Robinho: Ex-jogador Enfrenta Novo Capítulo em Caso de Estupro Coletivo na Itália
STF julga recurso de Robinho sobre caso de estupro na Itália

Eis que o Supremo Tribunal Federal volta à carga com um dos casos mais midiáticos dos últimos tempos. Na mesa dos ministros, mais um recurso da defesa de Robson de Souza, o Robinho — sim, aquele ex-jogador que já brilhou nos gramados e agora enfrenta uma disputa judicial das mais sérias.

Desta vez, os advogados do atleta — preso desde março — tentam anular o processo que levou à sua condenação por estupro coletivo. O crime? Ocorreu lá atrás, em 2013, num restaurante de Milão. A vítima, uma jovem albina, teria sido embebedada e abusada sexualmente por Robinho e mais cinco homens.

Pois é. A Justiça italiana não perdoou: nove anos de prisão. E como o Brasil não extradita seus nacionais, coube ao STF homologar a sentença estrangeira — o que aconteceu em fevereiro, deixando a defesa do ex-jogador em pé de guerra.

O que diz a defesa — e por que insiste

O argumento central dos advogados é conhecido: alegam vícios no processo italiano, falta de provas concretas e, claro, afirmam que a acusação não se sustenta. Desta vez, porém, entraram com um recurso mais específico — um agravo regimental — tentando reverter a decisão que manteve a prisão em vigor.

Não deu certo. Por unanimidade, a Segunda Turma do STF manteve a validade da condenação. Ou seja: Robinho continua atrás das grades, pelo menos por enquanto.

E a tal da reciprocidade?

Ah, isso é curioso. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, deixou claro que a cooperação entre países só funciona se houver reciprocidade. Se a Itália — ou qualquer outro — não cumprisse sentenças brasileiras, o STF poderia rever sua posição. Mas não é o caso.

“Cumpriu-se o requisito da reciprocidade”, afirmou Barroso, secamente. E pronto. O Brasil reconhece a sentença, e Robinho responde aqui pelo que fez lá.

Enquanto isso, o ex-jogador cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista. Longe dos holofotes do futebol, agora vive entre processos, recursos e a sombra de um crime que, pra muitos, não prescreve — nem no campo, nem na vida.