
O chão simplesmente não parou de tremer no noroeste do Afeganistão. E quando a terra finalmente se acalmou, o que ficou foi um cenário de absoluta devastação. Mais de 2.200 vidas perdidas – um número que, francamente, é de cortar o coração e ainda pode subir. A província de Herat foi a mais atingida por esse sismo monstruoso, que registrou 6.3 na escala Richter.
Imagens que chegam de lá – quando conseguem chegar – mostram vilarejos inteiros reduzidos a pilhas de entulho. Casas de barro, comuns na região, simplesmente desmoronaram como castelos de areia. E olha, a coisa é tão feia que os sobreviventes, muitos em estado de choque, estão cavando com as próprias mãos na tentativa desesperada de achar alguém com vida.
Uma Corrida Contra o Tempo que Já Parece Perdida
Os times de resgate? Estão lutando contra a poeira, a falta de equipamento pesado e estradas destruídas. É uma operação hercúlea, e cada minuto conta. Mas a realidade é dura: o que era para ser um resgate está rapidamente se tornando uma missão de recuperação de corpos. É de uma tristeza sem fim.
E não foi só um tremor. Uma série de réplicas – algumas fortíssimas – mantém a população em pânico, com medo de novos desabamentos. Muita gente está dormindo ao relento, sob um céu gelado, com medo de que o que restou de suas casas desabe sobre suas cabeças.
Além dos Números: A Crise Humanitária que se Avizinha
Para além da tragédia imediata, uma crise colossal se anuncia. Feridos aos milhares, muitos em estado grave, sem acesso a hospitais que também foram danificados. Falta de água potável, comida, medicamentos e abrigo. É o pesadelo completo.
A comunidade internacional já começou a se mobilizar – mas será que a ajuda vai chegar a tempo para tantos? É uma pergunta que ecoa, angustiante, enquanto o mundo assiste a mais um capítulo de sofrimento no já tão castigado Afeganistão.