
Um cenário de guerra e destruição tomou conta de Santo Antônio do Pinhal nesta sexta-feira (6). Cerca de 30 mil metros quadrados de mata — uma área que daria tranquilamente uns quatro campos de futezão — foram consumidos pelas chamas que teimavam em avançar, alimentadas pelo vento seco e pela vegetação ressecada.
Parecia coisa de filme, mas era a pura realidade: bombeiros correndo contra o relógio, aeronaves despejando água lá de cima e uma fumaça densa que dava a nítida impressão de que a natureza estava, literalmente, gritando por ajuda.
Combate intenso e esforço conjunto
O Corpo de Bombeiros não mediu esforços. Dois caminhões tanque e um veículo de apoio terrestre estavam no front, enquanto um helicóptero do tipo Air Tractor dava suporte aéreo — despejando água estrategamente para conter o avanço do fogo, que parecia não dar trégua.
Não foi fácil, claro. O vento mudava de direção, as labaredas ganhavam novo fôlego e a topografia acidentada da Serra da Mantiqueira complicava ainda mais o acesso. Mas esses profissionais — heróis de uniforme e suor — seguravam as pontas com uma coragem que beira o inacreditável.
Origem ainda sob investigação
Agora, a pergunta que todo mundo faz: como começou esse incêndio? Ainda não se sabe ao certo — e investigações seguem em andamento. Pode ter sido uma queimada irregular, uma bituca de cigarro mal-apagada ou até mesmo algo intencional. O fato é que, num piscar de olhos, o fogo se alastrou e botou abaixo uma porção significativa de verde.
E não é só a vegetação que sofre. Animais silvestres, muitos deles sequer vistos pela população local, perderam habitat e correm risco — alguns, infelizmente, não resistiram.
Alerta geral na região
Com a umidade relativa do ar lá embaixo e o tempo seco predominando, qualquer faísca vira ameaça. A Defesa Civil já havia emitido alertas, mas parece que o pior aconteceu. E olha, não é exagero dizer: situações como essa devem servir de wake-up call para a importância de políticas preventivas — e da consciência de cada um.
Que este fogo, pelo menos, sirva de lição. Antes que outras áreas — talvez ainda maiores — sejam consumidas pela negligência ou pela falta de ação.