Fazenda em MS é multada em quase R$ 5 milhões após incêndio criminoso destruir área preservada
Fazenda em MS multada em R$ 5 mi por incêndio ambiental

Era para ser mais um dia comum no campo, mas o que aconteceu numa propriedade rural de Jaraguari, no Mato Grosso do Sul, deixou até os fiscais ambientais de cabelo em pé. Uma fazenda acabou de levar uma multa que beira os impressionantes R$ 5 milhões – isso mesmo, quase cinco milhões de reais! – depois que um incêndio de proporções alarmantes devastou áreas que deveriam estar protegidas por lei.

O estrago, segundo os técnicos do IBAMA, foi coisa séria: mais de 380 hectares de vegetação nativa simplesmente viraram cinzas. Uma área de preservação permanente (APP) e a reserva legal da propriedade, que deveriam ser intocáveis, foram consumidas pelas chamas. E o pior: tudo indica que o fogo não foi acidental.

Operação de fiscalização descobriu a situação

A coisa toda veio à tona durante a Operação Onda Verde, que tem varrido o estado desde agosto. Os fiscais notaram algo estranho na paisagem – marcas de queimadas recentes onde não deveria haver nenhum sinal de fogo. Quando foram investigar no local, no último dia 10 de setembro, encontraram a realidade nua e crua: uma cena de destruição ambiental que deixou até os mais experientes de queixo caído.

Dois autos de infração foram lavrados contra os responsáveis pela propriedade. O primeiro, no valor de R$ 4.875.763,20, foi pela destruição da área de preservação permanente. Já o segundo, de R$ 59.460, pegou no bolso por descumprir as regras do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais. Uma combinação que saiu caríssima.

As consequências vão além da multa

Mas a história não para por aí. Além do prejuízo financeiro imediato – que é considerável, convenhamos – os proprietários agora têm um enorme problema para resolver. Eles são obrigados, por lei, a recuperar toda a área destruída. Imagina o trabalho que vai dar replantar centenas de hectares de vegetação nativa?

E tem mais: os responsáveis pela fazenda podem ainda responder na Justiça por crime ambiental. A situação é tão grave que virou caso de polícia, literalmente. O IBAMA já encaminhou todo o processo para o Ministério Público Federal, que vai decidir se abre ação criminal contra os envolvidos.

Parece que a lição ficou clara: mexer com meio ambiente no Brasil pode sair muito, mas muito caro. E desta vez, o recado foi dado com números – bem grandes, diga-se de passagem.