Manguezais Capixabas: Uma Viagem Sensorial pela Biodiversidade Local em Exposição Imperdível
Exposição revela universo dos manguezais capixabas

Imagine caminhar por um labirinto de raízes aéreas, ouvindo o farfalhar dos caranguejos e o sopro distante de botos-cinza. Essa é a proposta da nova exposição que está agitando o Espírito Santo — um mergulho sensorial no universo único dos manguezais capixabas.

Não se engane: isso não é só mais uma mostra sobre natureza. É uma experiência que te coloca dentro do ecossistema, com instalações interativas que reproduzem desde o cheiro característico da maré baixa até o balé dos crustáceos na lama. Quem já foi garante — é de tirar o fôlego.

Do Micro ao Macro

Os organizadores capricharam nos detalhes. Num cantinho, microscópios revelam a dança dos microorganismos que sustentam toda a cadeia alimentar. Do outro, uma projeção em tamanho real faz você se sentir nadando ao lado dos carismáticos botos-cinza — aqueles mesmos que os pescadores locais juram que sorriem.

"A gente quis mostrar que mangue não é só aquele lugar lamacento que as pessoas evitam", explica uma das curadoras, enquanto ajusta uma instalação sonora que reproduz o "estalido" dos manguezais à noite. "É um berçário de vida, um filtro natural, e... bem, é nossa identidade costeira."

Educação com Arte

O que mais impressiona? Como a ciência virou arte ali. Placas explicativas? Esqueça. Aqui você aprende vendo:

  • Esculturas de metal mostram como as raízes dos mangues filtram poluentes
  • Uma "parede de sons" traz os ruídos subaquáticos normalmente invisíveis
  • Até o chão foi pensado — pisar em certas áreas ativa projeções de espécies nativas

E tem a parte interativa — porque quem resiste a um jogo de "ache o caranguejo" em realidade aumentada? Crianças (e adultos, vamos ser sinceros) estão pirando.

Além da Exposição

Os organizadores foram além das paredes do museu. Todo fim de semana, saem expedições guiadas aos manguezais próximos — porque depois de ver tudo aquilo, é impossível não querer conhecer ao vivo. E olha que tem gente que nunca tinha reparado nos manguezais da própria cidade...

"É sobre criar conexão", resume um biólogo envolvido no projeto. "Quando as pessoas entendem, elas protegem. E a gente precisa muito disso agora."

A mostra fica em cartaz pelos próximos três meses, com programação especial aos sábados. Vale cada minuto — e prepare-se para sair de lá com as botas (mentais) cheias de lama e a cabeça cheia de novas perspectivas.