Era pra ser só mais um riacho tranquilo cortando Itapetininga, mas o Ribeirão do Chá virou palco de uma cena digna de filme B: uma espuma branca e densa, daquelas que fazem a gente pensar "isso não tá certo". E não estava mesmo.
Segundo a Cetesb, os culpados são dois velhos conhecidos das autoridades ambientais: ligações clandestinas de esgoto e o descarte irregular da lavagem de batatas por parte de agricultores da região. Parece brincadeira, mas é sério – e o pior é que não é a primeira vez.
O que exatamente aconteceu?
Na quarta (23), moradores começaram a notar aquela espuma esquisita se formando nas águas. Alguns até gravaram vídeos – que, claro, viralizaram. A Cetesb foi acionada e descobriu:
- Resíduos orgânicos da lavagem de batatas sendo jogados direto no córrego (como se fosse lixeira)
- Várias ligações de esgoto feitas "no jeitinho", sem tratamento nenhum
- Uma combinação perfeita pra criar aquela espuma nojenta
"Quando esses resíduos se decompõem, reduzem o oxigênio na água e liberam substâncias que formam espuma", explica um técnico da Cetesb, com aquela paciência de quem já viu isso mil vezes.
E agora?
Pra quem tá pensando "mas cadê a multa?", calma que ela vem. A Cetesb já identificou os responsáveis e promete medidas – que vão desde notificações até processos bem salgados. Enquanto isso, a espuma já diminuiu, mas o problema de base continua.
E olha que irônico: o Ribeirão do Chá é um afluente do Rio Itapetininga, que abastece parte da cidade. Quer dizer, a galera tá literalmente sujando a própria água. Faz sentido? Zero.
Moradores reclamam que isso já virou rotina. "Toda vez que chove forte aparece essa espuma", conta um comerciante da região, que prefere não se identificar. "A gente até já reclamou, mas parece que ninguém escuta."
