
Pois é, galera. A situação do nosso velho conhecido Rio Tietê continua dando o que falar — e infelizmente, nem sempre pelas melhores razões. Um relatório fresco, divulgado recentemente, traz um retrato que, convenhamos, não chega a surpreender, mas preocupa: a qualidade da água no trecho que banha Barra Bonita foi classificada como apenas regular.
Nada daquela água cristalina dos sonhos, claro. O estudo, que faz parte de um monitoramento de rotina, analisou uma porção de parâmetros — coisa de pH, oxigênio dissolvido, presença de matéria orgânica, aquele monte de indicador técnico que os especialistas adoram. E o veredito? Bom, poderia ser pior, mas está longe de ser bom. A classificação 'regular' é aquela que fica no meio-termo, sabe? Não é um desastre total, mas é um sinal amarelo bem forte piscando para a gente.
O Que 'Regular' Realmente Significa?
Peraí, mas o que raios significa 'regular' na prática? É aquela história: a água não está imprópria para tudo, mas seu uso direto, sem tratamento adequadíssimo, é complicado. Nada de nadar pensando em ser o próximo César Cielo, viu? E pensar no abastecimento público então... exige um esforço hercúleo das estações de tratamento. É como se o rio estivesse resistindo, mas precisando de uma mãozinha — na verdade, uma mãozona — para se recuperar de verdade.
Barra Bonita, que tem uma relação tão íntima com o Tietê — afinal, o turismo náutico é uma fatia importante da economia local —, fica de olho nesses resultados. É meio paradoxal, não é? O rio que atrai visitantes é o mesmo que precisa de cuidados redobrados. A cidade, claro, já é palco de esforços de despoluição há tempos. Mas os resultados, parece, vêm a passos de tartaruga.
E Agora, José?
O relatório não é apenas um diagnóstico; ele serve como um termômetro. Mostra que, apesar dos avanços — e olha, há décadas se fala nisso —, a recuperação do Tietê ainda é uma maratona, e não uma corrida de cem metros. A pressão de esgotos não tratados, resíduos industriais (embora menores hoje em dia) e a agricultura nas redondezas ainda pesam como uma âncora.
O que dá para fazer? Bom, a bola está com os gestores públicos, mas também com cada um de nós. Cobrar investimento em saneamento básico é fundamental. Evitar descartar lixo ou óleo de cozinha de qualquer jeito é básico, mas faz uma diferença danada no conjunto da obra. Parece clichê, mas é a mais pura verdade.
Enfim, a notícia não é catastrófica, mas é daquelas que não dá para ignorar. O Tietê em Barra Bonita respira, mas ofegante. E cuidar dele é um dever de todos nós, seja morador da região ou não. Afinal, é um patrimônio natural do estado de São Paulo que clama por ajuda.