
O Tribunal de Justiça do Pará acabou de dar um verdadeiro golpe de cacete no bolso de uma madeireira que achou que podia brincar com a lei. A empresa — que preferiu não ter o nome estampado por aí — foi condenada a desembolsar R$ 228 milhões por ter feito a festa em terras indígenas, como se fosse dona do pedaço.
Detalhe que dói: a área devastada fica na Terra Indígena Xipaya, região de Altamira, onde a floresta vem sofrendo mais que touro em rodeio. Segundo os juízes, a madeireira agiu "com total desprezo pelas normas ambientais e pelos direitos dos povos originários" — ou seja, meteu o pé na jaca feio.
O estrago que virou processo
Pra você ter ideia da farra:
- Extração ilegal de madeira em larga escala (aquela velha história de "só um pedacinho" que vira km²)
- Destruição de áreas sagradas para os Xipaya — e olha que não foi por ignorância, foi por ganância mesmo
- Prejuízos irreparáveis à biodiversidade local, incluindo espécies ameaçadas
"Quando a gente viu o estrago, parecia que tinha passado um trator gigante", contou um líder indígena que preferiu não se identificar. E não foi exagero: imagens de satélite mostram antes-e-depois que dão calafrios.
Valor da multa faz história
Os R$ 228 milhões — sim, você leu certo, quase um quarto de bilhão — representam:
- Indenização pelos danos materiais (árvores derrubadas, solo destruído)
- Reparação pelos danos morais à comunidade
- Multa por burlar a legislação ambiental
Juristas que acompanham o caso dizem que é uma das maiores condenações do gênero no Norte do país. "Sinal claro de que a Justiça está acordando pra gravidade desses crimes", opinou um advogado ambientalista, enquanto tomava seu café da tarde.
Agora é torcer pra que o dinheiro — se realmente for pago — chegue às mãos certas. Porque convenhamos: não faltam casos por aí de indenizações que evaporam antes de fazer diferença no chão da floresta.