Manaus ganha reforço na infraestrutura: obras de esgoto avançam em bairros estratégicos
Obras de esgoto transformam infraestrutura de Manaus

Quem mora em Manaus sabe: a falta de saneamento básico é um daqueles problemas que teimam em persistir, feito mosquitos em noite de verão. Mas parece que a coisa tá mudando — e pra melhor. As obras de implantação de redes de esgoto, parte do programa 'Trata Bem Manaus', estão avançando a todo vapor em vários cantos da cidade.

Não é promessa, é canetada

Diferente daquelas promessas que evaporam feito água no asfalto quente, dessa vez os caminhões pesados e equipes de obra já estão nas ruas. Só no último mês, três bairros receberam tubulações novas — e olha que o ritmo tá acelerado, mesmo com aquele sol pra derreter preguiça.

"A gente trabalha até debaixo de chuva, quando precisa", conta um operário, enquanto ajusta uma junta de concreto. E não é exagero: as equipes estão divididas em turnos para garantir que os prazos — dessa vez — sejam cumpridos.

Onde a coisa tá rolando?

  • Zona Leste: 5 km de redes já instaladas, com previsão de atender 800 residências até novembro
  • Centro-Sul: Obras em fase final na Avenida Principal, com ligações domiciliares começando semana que vem
  • Zona Oeste: Projeto mais complexo, incluindo estações elevatórias — mas já com 30% executado

E tem mais: segundo os engenheiros responsáveis, a tecnologia usada é das boas. Tubos de PVC especial (aquele que não racha feito biscoito velho) e sistemas de inspeção por câmeras — coisa que, convenhamos, a gente não via por aqui desde... bem, nunca.

Além do óbvio

Pra quem acha que é só questão de conforto, um aviso: saúde pública entra nessa dança. "Cada real investido em saneamento economiza quatro na saúde", solta o secretário municipal, entre um café e outro. E os números — aqueles chatos, mas necessários — confirmam: locais com rede de esgoto adequada têm até 60% menos casos de doenças relacionadas à água contaminada.

Ah, e tem o cheiro — ou melhor, a falta dele. Moradores das primeiras áreas atendidas já comemoram: "Parece que tiraram um peso das narinas", brinca Dona Maria, 62 anos, enquanto rega suas orquídeas — agora sem a "companhia" dos antigos odores.

O cronograma? Ambicioso, como não poderia deixar de ser. Mas, pela primeira vez em muito tempo, com cara de realidade. Até o final de 2025, a promessa é que 70% da cidade esteja coberta — e olha que, nesse ritmo, pode ser que até superem a meta.

Claro, sempre tem aquela turma do "eu acredito quando vir". Mas dessa vez, os canos estão aí, expostos e incontestáveis, feito prova material de que — pasmem — às vezes as coisas realmente acontecem.