
Quem visita o Pantanal de Mato Grosso já deve ter ouvido falar dela — Medrosa, a onça-pintada que desafia o comum e virou celebridade entre os amantes da natureza. Mas de onde vem esse nome tão peculiar? A história, como tudo no Pantanal, tem seu charme e uma pitada de ironia.
Dizem que tudo começou quando um grupo de pesquisadores, lá pelos idos de 2020, observou algo inusitado: enquanto outras onças fugiam de embarcações, essa parecia quase... medrosa diante de um barco de pescadores. O apelido pegou, mas aí vem a reviravolta: longe de ser tímida, ela é uma das predadoras mais eficientes da região.
Caçadora de jacarés: especialização rara
No mundo das onças, Medrosa é como aquela aluna que tira 10 na prova mais difícil. Enquanto a maioria prefere capivaras ou veados, ela desenvolveu uma técnica quase cirúrgica para caçar jacarés — e olha que não é moleza. Precisa de:
- Timing perfeito (acertar a nuca do réptil em pleno movimento)
- Coragem (já pensou num erro de cálculo?)
- Paciência de jogador de xadrez
"É como se ela tivesse feito um MBA em caça subaquática", brinca o biólogo Renato Alves, que a estuda há três anos. Aos 7 anos — idade avançada para uma onça selvagem —, Medrosa já ensinou mais sobre adaptação do que muitos livros científicos.
O fenômeno nas redes
Nas redes sociais, virou meme: "Medrosa caçando jacarés antes do café" ou "Quando a reunião podia ser um e-mail". Mas por trás do humor, há um simbolismo potente. Num bioma ameaçado por queimadas e mudanças climáticas, sua resistência virou metáfora.
Curiosidade: em 2023, durante uma seca histórica, testemunhas relataram vê-la "patrulhando" áreas queimadas — comportamento atípico que ainda intriga pesquisadores. Seria proteção territorial? Ou algo mais complexo?
Uma coisa é certa: no Pantanal, onde cada criatura escreve sua própria epopeia, Medrosa já garantiu seu capítulo especial. E o melhor? A história está longe do fim.