
E aí, o que acontece quando a justiça diz "não" para parar explosões num dos rios mais importantes da Amazônia? Pois é, o STJ acabou de tomar uma decisão que tá dando o que falar.
Na terça-feira (9), os ministros do Superior Tribunal de Justiça negaram de cara o pedido da Defensoria Pública do Amazonas. Eles queriam suspender aquela operação que usa cargas explosivas contra balsas de garimpo no Rio Madeira. Mas a justiça federal não quis nem saber.
O detalhe que pega: desde que começaram a detonar essas explosões, em agosto, já foram destruídas mais de 70 balsas. Setenta! Imagina o estrago que isso deve tá causando no meio ambiente...
Mas por que explodir, afinal?
A Polícia Federal e a Marinha tão nessa operação conjunta, com aval da Justiça Federal em Humaitá. A ideia é combater o garimpo ilegal que tá acabando com o Rio Madeira. Só que a Defensoria alega que tão usando "força desproporcional" - e olha que eles até tentaram um acordo antes de partir para o processo.
O pior é que essas explosões tão rolando desde o dia 22 de agosto, sem parar. E segundo a Defensoria, ninguém tá avaliando direito os impactos ambientais dessa bagunça toda.
E o STJ, o que disse?
O ministro Ribeiro Dantas, que relatou o caso, soltou uma justificativa que dá pra entender, mas também preocupa. Ele argumentou que a operação é "necessária" para combater crimes ambientais graves. Tipo, o garimpo ilegal realmente tá destruindo tudo por lá.
Mas aí vem a questão: será que combater violência com mais violência é mesmo a solução? A Defensoria acha que não, e eu até entendo o lado deles. Explosivos em rio é coisa séria, né?
O que me deixa pensando é: e os peixes? E a água? E as comunidades ribeirinhas que dependem desse rio? Ninguém tá falando muito sobre isso...
No fim das contas, a operação continua de vento em popa. A PF e a Marinha seguem detonando balsas, e o Rio Madeira que se vire com as consequências. Tomara que pelo menos o resultado valha a pena - porque se não valer, a gente vai ter mais um problemão ambiental para resolver.