Fachada Chinesa no PI: PF Desmonta Esquema que Enviava Barbatanas e Cavalos-Marinhos como 'Eletrônicos' para SP
PF investiga fachada chinesa no PI para tráfico animal

Imagine uma fachada tão bem armada que até enganaria os olhos mais atentos. É exatamente isso que a Polícia Federal desvendou aqui no Piauí — uma operação de mestre onde uma empresa, supostamente dedicada à venda de equipamentos eletrônicos, servia na realidade como tapete para um comércio brutal de animais marinhos.

Parece roteiro de filme, mas é a pura verdade. A PF descobriu que os investigados — todos de nacionalidade chinesa — embalavam barbatanas de tubarão e cavalos-marinhos como se fossem simples componentes de computador. A carga seguia para São Paulo, de onde provavelmente seguiria para o exterior.

Operação de Precisão

Nada disso foi por acaso. A investigação, batizada de 'Shark Fin', começou ainda em 2023 e envolveu escutas telefônicas e quebra de sig bancário. Os agentes federais precisaram conter a indignação ao perceber a sofisticação do esquema.

Dois mandados de busca e apreensão foram executados nesta quinta-feira (25) — um em Teresina e outro na capital paulista. A empresa suspeita tinha sede no sul do Piauí, mas sua operação fraudulenta alcançava proporções nacionais.

O Que Diz a Lei

Os crimes são graves, e olha que a lista não é pequena: formação de organização criminosa, falsificação de documentos, estelionato e, claro, contrabando de produtos animais. As barbatanas de tubarão, vale lembrar, são artigos cobiçadíssimos no mercado asiático — um comércio que movimenta fortunas às custas da vida marinha.

E os cavalos-marinhos? Também entram nessa lista triste de espécies ameaçadas pela ganância humana. Tudo indicava que a empresa funcionava como uma luva para burlar a fiscalização ambiental.

Próximos Passos

Agora, o material apreendido será analisado e os investigados terão que responder na Justiça. A PF não descarta que novos envolvidos apareçam — afinal, esquemas assim raramente funcionam com uma pessoa só.

Enquanto isso, o caso serve de alerta: o tráfico de animais silvestres não acontece apenas nas fronteiras ou em portos. Ele pode estar escondido atrás de uma fachada comum, numa cidade do interior, longe dos holofotes. E é preciso estar atento.