
Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Federal (PF) acabou de desmantelar um laboratório clandestino que funcionava como um verdadeiro pesadelo ambiental. O lugar? Algum ponto escondido de Roraima. O crime? Usar um coquetel de substâncias químicas — algumas tão perigosas que até assustam — para tratar ouro extraído ilegalmente de terras indígenas.
Não foi uma operação simples, não. Os agentes tiveram que agir com precisão cirúrgica para não botar tudo a perder. E olha que o esquema era bem armado: equipamentos industriais, toneladas de minério bruto e, claro, os tais químicos que transformam o processo de garimpo em uma bomba-relógio para a natureza.
O que exatamente eles estavam fazendo?
Parece coisa de filme de ficção científica, mas era real: os criminosos usavam mercúrio e outras substâncias tóxicas para separar o ouro da terra — um método tão antigo quanto perigoso. Só que, dessa vez, a escala era industrial. E o pior? Tudo isso dentro de uma área que deveria estar protegida por lei.
"É um crime contra a natureza e contra as comunidades indígenas", disse um agente da PF que preferiu não se identificar. E não é pra menos. Os resíduos desses processos costumam contaminar rios, solos e, claro, quem vive por perto.
E agora?
Além de fechar o laboratório, a PF apreendeu equipamentos, documentos e — pasmem — uma quantidade considerável de ouro já processado. Os envolvidos? Bem, ainda não há nomes, mas a investigação está só no começo. E, convenhamos, não vai ser fácil escapar dessa.
Enquanto isso, as comunidades indígenas da região respiram aliviadas — pelo menos por enquanto. Mas a pergunta que fica é: quantos outros laboratórios como esse ainda estão por aí, escondidos no meio do nada?