Parece que tem gente que realmente acha que pode brincar com fogo e sair ileso. Nesta sexta-feira (21), por volta das 14h, um indivíduo — cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada — decidiu que seria uma boa ideia colocar fogo em uma área de mata na Vila Maré, em Presidente Prudente. Sério mesmo?
O que ele não contava — coitado, né? — era que haveria testemunhas por perto. E não qualquer testemunha: pessoas com a presença de espírito de não só gravar a cena toda, como também acionar a Polícia Militar Ambiental na hora. O vídeo, que já circula por aí, mostra o sujeito ateando fogo calmamente, como se estivesse regando plantas.
Quando os policiais chegaram, não deu outra. O cidadão, de 41 anos, foi presa em flagrante — e olha que ele nem tentou correr ou negar. Assumiu a autoria na lata, dizendo que ateou fogo sim, mas apenas para "limpar o terreno". Como se isso justificasse algo, não é?
Não foi a primeira vez
Pior: durante a abordagem, os militares descobriram que o mesmo homem já tinha sido autuado por crime ambiental antes. Em abril deste ano, ele também foi pego provocando queimada em área verde — dessa vez no bairro Parque Planalto. Ou seja, claramente não aprendeu.
Desta vez, a queimada foi controlada a tempo — ainda bem —, mas o estrago já estava feito. Uma parte da vegetação nativa foi consumida pelo fogo. E pensar que poderia ter sido muito pior, se não fosse a ação rápida das testemunhas.
O que diz a lei
Crime ambiental não é brincadeira — e a lei é clara. O artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) prevê pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa, para quem provoca incêndio em mata ou floresta. E olha, multa em crime ambiental não é pouca coisa não, viu?
O homem foi levado para a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente, onde o caso foi registrado. Agora, ele responde em liberdade — mas a justiça vai cobrar, pode ter certeza.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: quando é que a gente vai aprender que mato não é lixo? Que fogo, longe de "limpar", destrói — e destrói rápido. Presidente Prudente é cheia de áreas verdes, mas elas precisam de cuidado, não de isqueiro.
