Santarém se destaca como polo científico ao sediar diplomação de novos membros da ABC para a Região Norte
Santarém sedia diplomação de novos cientistas da ABC

Numa cerimônia que misturou tradição acadêmica com o calor humano típico da Amazônia, Santarém virou palco de um marco para a ciência brasileira. A cidade, que já encanta pelo encontro das águas do Tapajós com o Amazonas, agora brilha também como celeiro de conhecimento.

Nesta terça-feira (5), o auditório da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) ficou pequeno para tanta gente boa. Cientistas, pesquisadores e autoridades lotaram o espaço para celebrar a chegada de novos talentos à Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Um respiro para a ciência na região

Quem diria que, no meio da floresta, brotariam tantas ideias revolucionárias? Os novos membros afiliados — todos com menos de 40 anos — representam o que há de mais fresco na produção científica local. E olha que não é pouca coisa!

"Isso aqui muda o jogo", comentou entre um gole de café e outro o professor Raimundo Nonato, doutor em Biotecnologia. "Ter reconhecimento nacional sem precisar migrar para o Sudeste? Isso sim é desenvolvimento regional de verdade."

Quem são esses craques da ciência?

A lista dos agraciados inclui:

  • Dra. Ana Clara Mendes (Engenharia de Materiais) - desenvolveu compósitos a partir de resíduos agroflorestais
  • Dr. Carlos Augusto Silva (Computação) - criou algoritmos para monitoramento ambiental
  • Dra. Beatriz Oliveira (Saúde Coletiva) - pesquisadora de doenças negligenciadas na Amazônia

E não para por aí. A programação do evento incluiu desde debates acalorados sobre financiamento até workshops que, convenhamos, deixariam qualquer leigo com água na boca. "Ciência na Prática: do Laboratório para a Comunidade" foi um dos que mais chamou atenção — afinal, de que adianta conhecimento trancado em papers?

O clima? De festa, mas daquelas que deixam saudade. Entre um discurso e outro, dava para ver os olhos brilhando de quem sabe que está escrevendo uma nova página na história da região. E o melhor: com sotaque nortista.

Como bem resumiu a reitora da UFOPA: "Hoje a ABC não apenas chegou à Amazônia, mas se tornou um pouco mais amazônica". E quem viu, viu. Quem não viu, perdeu um espetáculo da ciência brasileira com tempero local.