
Era uma sexta-feira comum no Museu Leeum de Arte em Seul — até que um sujeito decidiu que aquela banana colada na parede com fita adesiva não era arte, era lanche da tarde. A obra, do italiano Maurizio Cattelan, já havia causado furor em 2019 quando foi vendida por US$ 120 mil. Agora, uma versão reapareceu avaliada em US$ 62 milhões. Mas pra um coreano anônimo, valia mesmo era a fome.
"Achei que fazia parte da experiência interativa", justificou o autor do ato, enquanto limpava os cantos da boca. Os seguranças chegaram tarde — só restava a fita dourada mordiscada. O vídeo do happening (ou seria um crime artístico?) já ultrapassou 15 milhões de views no TikTok.
O que dizem os especialistas?
Curadores torcem o nariz: "É como se alguém comesse a Mona Lisa porque estava com vontade de um sanduíche". Já os memes na internet comparam o episódio àquele primo que vai no seu aniversário e devora o bolo antes da foto.
Detalhe curioso: a banana é substituída diariamente — o que levanta questões filosóficas: se ninguém vê a fruta apodrecer, ela realmente existiu como arte? Ou seria tudo uma grande pegadinha do mercado de arte contemporânea?
E o artista?
Cattelan, conhecido por suas provocações (já criou um vaso sanitário de ouro maciço), deu de ombros: "A digestão é a forma mais honesta de crítica". Enquanto isso, galerias mundo afora reforçam os seguranças perto das obras comestíveis.
Moradores de Seul agora fazem fila para fotos com o "local do crime". E você? Teria coragem de dar uma dentada numa obra que custa mais que um prédio inteiro?