
Não era para ser assim. Um dia que prometia ser inesquecível pela beleza das paisagens terminou em tragédia na Chapada dos Veadeiros, esse paraíso goiano que atrai aventureiros de todo o país. Um turista — cuja identidade ainda não foi divulgada — morreu após cair em um dos cânions da região durante um passeio na última sexta-feira (25).
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais. O homem, que aparentava ter entre 35 e 40 anos, escorregou em uma pedra molhada próximo à Cachoeira dos Cristais (um dos pontos mais visitados do parque) e despencou de uma altura que varia entre 15 e 20 metros. Nem o capacete de segurança — obrigatório nos passeios — foi capaz de protegê-lo do impacto brutal.
Corrida contra o tempo
Quando o guia local percebeu o que havia acontecido, já era tarde. "A gente ouviu um grito seguido de um baque seco", contou um dos membros do grupo, ainda em choque. "Tentamos ajudar, mas o local é de difícil acesso até para os bombeiros."
Os socorristas levaram quase duas horas para resgatar o corpo. E olha que a equipe conhece cada centímetro daquelas trilhas como a palma da mão. A região, que parece saída de um sonho com seus paredões de quartzito e poços de água cristalina, pode se transformar numa armadilha mortal para quem subestima seus perigos.
O que sabemos até agora:
- O turista fazia parte de um grupo de 8 pessoas
- A queda ocorreu por volta das 11h da manhã
- O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente
- A vítima não resistiu aos ferimentos
Ah, e tem um detalhe importante: choveu na véspera. As pedidas ficaram escorregadias feito sabão. Quem já pisou em quartzito molhado sabe — é como tentar andar sobre uma pista de gelo. Mas será que os guias alertaram sobre isso? A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias exatas do acidente.
Enquanto isso, o parque continua funcionando normalmente. E aí vem a pergunta: até quando vamos tratar o turismo de aventura como brincadeira? A Chapada dos Veadeiros não é parque de diversões — é natureza selvagem, imprevisível, linda e mortal. Precisa de respeito, não de selfies arriscadas.